Arbusto 1,5–2 m alt.; ramos distais quadrangulares, não alados, escabros, tricomas dendríticos, ramos proximais cilíndricos; nós não circundados por coroa de tricomas.
Folhas opostas; pecíolo 1–1,5 cm compr.; lâmina 6–8,5 × 2,3–2,8 cm, elíptica, coriácea, ápice apiculado, base obtusa, margem inteira, não ciliada, plana, discolor, estrigosa em ambas as faces, tricomas dendríticos, 5 nervuras basais.
Inflorescências terminais, raque 10–12 cm compr., tricomas dendríticos; bractéolas não vistas. Flores 5-meras;
pedicelo ca. 0,4 cm compr.; hipanto 0,8–1 × 0,6–0,8 cm, campanulado, estrigoso, tricomas dendríticos; sépalas ca. 0,2 × 0,1 cm, persistentes, ápice arredondado, não aristado; pétalas 1,8–2 × 1,3–1,5 cm, obdeltoides, ápice truncado, lilás. Estames 10, isomorfos; filetes 0,9–1,1 cm compr., glabros, raro com tricomas simples; conectivos não prolongados abaixo das anteras, apêndices glabros; anteras ca. 1,3 cm compr. Ovário hirsuto no terço apical; estilete
curvo no ápice, glabro; estigma punctiforme.
Cápsulas 0,4–0,6 × ca. 0,5 cm, não costadas.
Endêmica da Bahia (BFG 2015), no litoral sul. F8: restinga. Coletada com flores de dezembro a fevereiro.
Tibouchina taperoensis é reconhecida pelo hipanto campanulado, com tricomas dendríticos, sépalas muito curtas, persistentes no fruto, e filetes glabros. A forma e consistência das folhas a assemelha com T. stenocarpa (veja comentários naquela espécie).
Fonte: FREITAS, J. G.; SANTOS, A. K. A. dos.; GUIMARÃES, P. J. F. & OLIVEIRA, R. P. Flora da Bahia: Melastomataceae – Tibouchina s.l. Rev. Sitientibus, série Ciências Biológicas, v. 16, n. 10, p. 01-46, 2016.