Melastomataceae – Tibouchina sebastianopolitana

Subarbusto 1–1,5 m alt.; ramos distais quadrangulares, não alados, estrigosos, glândulas estipitadas, ramos proximais subcilíndricos; nós não circundados por coroa de tricomas.

Folhas opostas; pecíolo 0,3–0,6 cm compr.; lâmina 4–6,5 × 1,5–3,5 cm, oval a oblonga, membranácea, ápice agudo a
acuminado, base obtusa, margem denteada, não ciliada, plana, levemente discolor; face adaxial setosa, face abaxial vilosa, tricomas simples em ambas as faces, 5 nervuras basais.

Inflorescências terminais e axilares, raque 8–16 cm compr., glândulas estipitadas; bractéolas ca. 0,2 × 0,1 cm, triangulares, não involucrais, tricomas simples. Flores 4-meras; pedicelo 0,05–0,1 cm compr.; hipanto ca. 0,4 × 0,2 cm, urceolado, estrigoso, tricomas simples e glândulas estipitadas; sépalas ca. 0,2 × 0,1 cm, decíduas, ápice agudo, não aristado; pétalas ca. 0,8 × 0,6 cm, obovais, ápice irregular, lilás. Estames 8, dimorfos; filetes antissépalos ca. 0,7 cm compr., os antipétalos ca. 0,5 cm compr., ambos os ciclos glabros; conectivos prolongados abaixo das anteras, os antissépalos ca. 0,1 cm compr., os antipétalos ca. 0,06 cm compr., apêndices glabros em ambos os ciclos; anteras antissépalas ca. 0,5 cm compr., as antipétalas ca. 0,4 cm compr., amarelas. Ovário setuloso no ápice; estilete curvo no ápice, às vezes seríceo na porção basal; estigma punctiforme.

Cápsulas ca. 0,6 × 0,5 cm, não costadas.

Endêmica do Brasil, ocorre na Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná e São Paulo (Oliveira 2001; BFG 2015). F6: Chapada Diamantina, em área úmida e brejosa. Coletada com flores e frutos em junho.

Tibouchina sebastianopolitana distingue-se das demais espécies do gênero na Bahia, por tratar-se de uma planta de porte subarbustivo, com ramos vináceos e flores 4-meras, com as pétalas lilás contrastando com as anteras amarelas.

Fonte: FREITAS, J. G.; SANTOS, A. K. A. dos.; GUIMARÃES, P. J. F. & OLIVEIRA, R. P. Flora da Bahia: Melastomataceae – Tibouchina s.l. Rev. Sitientibus, série Ciências Biológicas, v. 16, n. 10, p. 01-46, 2016.

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