Melastomataceae – Tibouchina bracteolata

Arbusto 1–1,5 m alt.; ramos distais subcilíndricos, não alados, estrigosos, tricomas simples, ramos proximais cilíndricos; nós não circundados por coroa de tricomas.

Folhas opostas; pecíolo 1–1,5 cm compr.; lâmina 4,5–6,5 × 2–3,5 cm, oval, coriácea, ápice acuminado, base obtusa, margem inteira, não ciliada, plana, discolor, estrigosa em ambas as faces, tricomas simples, 5 nervuras basais.

Inflorescências terminais, raque 10–20 cm compr., tricomas simples; bractéolas 1–1,5 × 0,3–0,5 cm, elípticas, não involucrais, tricomas simples. Flores 5-meras; pedicelo ca. 0,3 cm compr.;  hipanto 0,6–1 × ca. 0,4 cm, oblongo, estrigoso, tricomas simples; sépalas 0,2–0,4 × ca. 0,2 cm, decíduas, ápice agudo, aristado; pétalas 2,5–3 × 1,5–2 cm, obdeltoides, ápice truncado, lilás. Estames 10, dimorfos; filetes antissépalos ca. 1,5 cm compr., os antipétalos ca. 1 cm
compr., glândulas estipitadas em ambos os ciclos; conectivos prolongados abaixo das anteras, os antissépalos ca. 0,4 cm compr., os antipétalos ca. 0,1 cm compr., apêndices glabros em ambos os ciclos; anteras antissépalas ca. 1,3 cm compr., as antipétalas ca. 1 cm compr., lilás. Ovário hirsuto no terço apical; estilete reto, glabro; estigma punctiforme.

Cápsulas 0,7–1,2 × 0,3–0,5 cm, não costadas.

Endêmica da Bahia, conhecida apenas da Chapada Diamantina (Freitas et al. 2012). E6: mata ciliar. Coletada com flores em dezembro, março e abril.

Tibouchina bracteolata é reconhecida pelas inflorescências laxas e delicadas, botões florais protegidos por duas longas bractéolas membranáceas e sépalas com ápice aristado. Essas características a tornam diferente morfologicamente das demais espécies de Tibouchina encontradas na Bahia.

Fonte: FREITAS, J. G.; SANTOS, A. K. A. dos.; GUIMARÃES, P. J. F. & OLIVEIRA, R. P. Flora da Bahia: Melastomataceae – Tibouchina s.l. Rev. Sitientibus, série Ciências Biológicas, v. 16, n. 10, p. 01-46, 2016.

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