Erva, ereta, não ramificada, 0,2–0,3 m alt. Caule único, subcilíndrico. Caule, folhas e pecíolos densamente estrigosos, sépalas e filetes glabros.
Folhas pecioladas, pecíolos 1–2 mm compr.; lâmina 17–30 × 3–7 mm, oval a lanceolada, ápice agudo, base atenuada, margem inteira ou levemente serreada, ciliada, 1 par de nervuras acródromas basais.
Flores 4-meras, solitárias, terminais, subsésseis; hipanto 4,5–8,5 × 4–6,5 mm, campanulado, revestido de emergências peniceladas; sépalas 5–8 × 1,5–3 mm, triangulares, ápice agudo, margem ciliada; pétalas 13,5–18 × 12,5–16,5 mm, róseas, obovais, ápice setoso; estames 8, subisomorfos, filetes 5,5–7 mm compr., anteras 5,5–7,5 mm compr., purpúreas, ápice atenuado, pedoconectivo dos estames antessépalos 1–1,5 mm compr., pedoconectivo dos estames antepétalos 0,5–1 mm compr., apêndice ventral inconspicuamente bilobado; ovário 4-locular, setoso na metade superior; estilete ca. 12 mm compr., estigma punctiforme.
Frutos não vistos.
Na Serra do Ouro Branco ocorre em campo limpo. Coletada com flores nos meses de fevereiro a maio. Reconhecida por apresentar caule ereto, não ramificado, e pelas flores vistosas, tetrâmeras, com hipanto recoberto por emergências peniceladas.
Pterolepis repanda é semelhante a Chaetogastra gracilis por ambas apresentarem caule simples, não ramificado e
flores vistosas. Entretanto, C. gracilis apresenta flores 5-meras, dispostas em tirsos glomerulares e hipanto setoso-seríceo, enquanto que P. repanda apresenta flores 4-meras, solitárias e hipanto com emergências peniceladas.
Fonte: HEMSING, P. K. B. Melastomataceae da Serra do Ouro Branco, Minas Gerais, Brasil. 135f. Dissertação (Mestrado), Universidade Federal de Uberlândia, Programa de Pós-Graduação em Biologia Vegetal. Uberlândia-