Melastomataceae – Miconia valentinensis

Árvores 8–10 m alt.; ramos com cristas longitudinais, revestidos por tricomas estrelados curtos, mais densos nos nós.

Folhas 4,5–11 x 2–3,5 cm, 5+2 nervuras suprabasais (0,6–1 cm acima da base) unidas na face abaxial por membranas (domácias), margem glabra, face abaxial com tricomas estrelados, superfície visível. Panículas dicasiais 6–9,5 cm compr., terminais.

Flores 5-meras. Hipanto ca. 2 mm compr., externamente com tricomas estrelados densos. Cálice caduco; tubo ca. 0,3 mm compr., lobos 0,5–0,7 mm compr., dentes externos ca. 0,4 mm compr., agudos. Estames 10; anteras ca. 2 mm compr., com uma abertura longitudinal da base ao ápice das tecas, brancas; conectivo prolongado abaixo das tecas, inapendiculado.

Ovário com ápice glabro; estilete filiforme, glabro.

Miconia valentinensis ocorre somente no município de Iúna, na Serra do Valentim em altitudes de 1400-1600 m. Coletada com flores em abril e frutos em maio e junho.

A espécie pode ser identificada pelos ramos com cristas longitudinais bem marcadas, folhas com base amplamente truncada, levemente cordada a auriculada, 5+2 nervuras com o par interno suprabasal, cálice prematuramente caduco (as pétalas ainda estão presas ao cálice em sua queda), anteras deiscentes por uma abertura longitudinal da base ao ápice da teca e ápice do ovário glabro. Ver comentários de M. pusilliflora.

Fonte: BACCI, L. de. F. Miconia Ruiz & Pav. (Melastomataceae) no Estado do Espírito Santo, Brasil. 163f. Dissertação (Mestrado), Pós-graduação em Botânica do Setor de Ciências Biológicas da Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2015.

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