Melastomataceae – Miconia paniculata

Arbustos a arvoretas 1–5 m alt.; ramos com tricomas estrelados, glabrescentes.

Folhas 3–11 x 1,5–5 cm, 3+2 nervuras suprabasais (até 0,8 cm acima da base), unidas na face abaxial por membranas (domácias), margem glabra, face abaxial com tricomas estrelados, superfície visível. Panículas dicasiais 2,5–9 cm compr., terminais.

Flores 5–6-meras. Hipanto ca. 2 mm compr., externamente com tricomas estrelados esparsos. Cálice caduco; tubo ca. 0,5 mm compr., lobos ca. 1 mm compr., dentes externos ca. 0,7 mm compr., subulados. Estames 10–24; anteras 1,8–2,5 mm compr., uniporadas, brancas; conectivo prolongado abaixo das tecas, com calcar dorsal alongado e agudo. Ovário com ápice glabro; estilete filiforme, glabro.

Miconia paniculata ocorre na Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Santa Catarina (Goldenberg & Caddah 2015). No Espírito Santo ocorre em floresta estacional semidecidual, floresta ombrófila densa montana e matas de encosta. Coletada com flores de dezembro a fevereiro e com frutos de fevereiro a agosto e em novembro.

Todos os materiais coletados no Espírito Santo estavam determinados como M. doriana (Goldenberg & Reginato 2007; Meirelles & Goldenberg 2012), recentemente sinonimizada sob M. paniculata (Goldenberg & Caddah 2013). A espécie caracteriza-se pelas nervuras basais ou curtamente suprabasais, unidas na face abaxial por membranas
(domácias), dentes externos longos subulados, flores 5-meras diplostêmones ou, mais comumente, 6-meras polistêmones (até 24 estames). É morfologicamente semelhante a M. longiscuspis. Ver também os comentários em M. longicuspis.

Fonte: BACCI, L. de. F. Miconia Ruiz & Pav. (Melastomataceae) no Estado do Espírito Santo, Brasil. 163f. Dissertação (Mestrado), Pós-graduação em Botânica do Setor de Ciências Biológicas da Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2015.

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