Arbustos a árvores 1,5–10 m alt.; ramos com tricomas dendríticos.
Folhas 4,5–23 x 3,5–10 cm, 3+2 ou 5+2 nervuras suprabasais (0,3–1,5 cm acima da base) livres, face abaxial com tricomas dendríticos, superfície visível. Panículas de glomérulos 5,5–20 cm compr., terminais.
Flores 5–meras. Hipanto 2–3 mm compr., externamente com tricomas semelhantes aos dos ramos. Cálice persistente; tubo ca. 0,4 mm compr., lobos 0,1–0,4 mm compr., dentes externos não visíveis. Estames 10; anteras ca. 2 mm compr., uniporadas; conectivo longamente prolongado abaixo das tecas, inapendiculado.
Ovário com ápice revestido com tricomas estrelados; estilete filiforme, glabro.
Miconia fasciculata ocorre em florestas úmidas e costeiras, geralmente em regiões montanhosas desde a Bahia até Santa Catarina (Caddah 2013). No Espírito Santo foi coletada com flores em janeiro e julho e com frutos em janeiro, fevereiro, abril, maio e agosto.
Miconia fasciculata é abundante nas regiões onde ocorre. Pode ser facilmente reconhecida pelos tricomas dendríticos que revestem moderadamente a face abaxial das folhas, nervuras suprabasais, inflorescências glomeruladas, flores pequenas com cálice persistente e ovário com ápice revestido por tricomas estrelados. Espécimes foram determinados como M. saldanhae na flora de Melastomataceae do Parque Estadual do Forno Grande (Meirelles & Goldenberg 2012), e é morfologicamente semelhante à M. baumgratziana. Ver comentários de M. baumgratziana.
Fonte: BACCI, L. de. F. Miconia Ruiz & Pav. (Melastomataceae) no Estado do Espírito Santo, Brasil. 163f. Dissertação (Mestrado), Pós-graduação em Botânica do Setor de Ciências Biológicas da Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2015.