Arbustos 1,5–3 m alt.; ramos com tricomas dendríticos.
Folhas 9–22,5 x 4–8,5 cm, 3+2 nervuras basais livres, margem glabra, face abaxial com tricomas dendríticos,
superfície não visível. Panículas de glomérulos 8,5–11 cm compr., terminais.
Flores 5-meras. Hipanto 3–4 mm compr., externamente com tricomas estrelados esparsos. Cálice persistente; tubo ca. 1 mm compr., lobos ca. 1 mm compr., dentes externos reduzidos. Estames 10; anteras 2–2,5 mm compr., uniporadas, brancas; conectivo prolongado abaixo das tecas, com apêndices bilobados ventralmente.
Ovário com ápice glabro; estilete filiforme, glabro.
Miconia amoena ocorre na Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia e Espírito Santo (Goldenberg & Caddah 2015). No Espírito Santo é encontrada em restinga e matas de tabuleiro. Coletada com flores em julho e outubro e frutos em janeiro. A espécie encontra-se na listagem da flora ameaçada de extinção do Espírito Santo, classificada como vulnerável (VU) (Simonelli & Fraga 2007).
Miconia amoena caracteriza-se pelo hábito arbustivo, ramos robustos, nervuras foliares fortemente marcadas, folhas cartáceas com tricomas dendríticos ocráceos de hastes curtas, que recobrem completamente a face abaxial, e panículas glomeruladas.
Fonte: BACCI, L. de. F. Miconia Ruiz & Pav. (Melastomataceae) no Estado do Espírito Santo, Brasil. 163f. Dissertação (Mestrado), Pós-graduação em Botânica do Setor de Ciências Biológicas da Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2015.