Subarbustos a arbustos 0,6-2m; ramos com indumento denso, viscoso, constituído predominantemente de tricomas glandulares capitados, mais tricomas simples esparsos, glabrescentes, avermelhados a nigrescentes.
Lâmina foliar 3,5-5,5×2-3cm, discolor, ovada, ápice agudo, margem serreada, base cordada ou obtusa, face adaxial verde-escura, tricomas simples longos e estrelados esparsos, face abaxial verde-clara, tricomas estrelados adensados;
estípulas 3-5mm, triangulares; pecíolos 3-8mm.
Cimeiras axilares a terminais, cimas 4-7-floras; profilos 2 por flor, 3-6mm, estreito-elípticos; flores subsésseis, heterostilas; cálice 5-6mm, campanulado, levemente inflado, internamente com nervuras avermelhadas não proeminentes, lobos 2-3mm; pétalas 5,5-10mm, amarelas, lâmina obdeltóide, ondulada na margem, com tricomas estrelados esparsos na porção apical, unha 1-3mm; forma longistila: tubo estaminal 2-3mm, filetes concrescidos até o ápice; ovário 1-1,5mm; estilete 3-4mm, com tricomas estrelados; forma brevistila: não vista.
Cápsula 2,5-4mm, tricomas simples curtos; rostro ca. 0,1mm; semente 2-3mm, negra.
Desde o México até o Paraguai. São Paulo: B3, cerrado. Flores e frutos entre março e julho.
Trata-se da primeira citação da espécie para o Estado de São Paulo, onde é conhecida somente por uma coleção coletada em área de cerrado, no noroeste do Estado (município de Magda), podendo ser incluída na próxima edição da lista oficial das espécies da flora do Estado de São Paulo ameaçadas de extinção, na categoria Em perigo (EN).
Distingue-se facilmente das demais espécies estudadas pelo indumento fortemente viscoso, constituído de tricomas glandulares capitados avermelhados, distribuídos por quase toda a planta. Distingue-se, também, pela lâmina foliar discolor, com a face adaxial verde-escura e a face abaxial verde-clara e ovada de base geralmente cordada (Prancha 3: W). Dentre os caracteres florais, destaca-se pelas pétalas obdeltóides de margem ondulada, exclusivas no gênero (Prancha 3: X).
A espécie possui uma alta concentração de óleos estéreis e mucilagem nas estruturas vegetativas e florais (Cristóbal 1983).
Fonte: CRUZ, F. R. Sterculiaceae Vent. no Estado de São Paulo. 108f, il. Dissertação (Mestrado), Instituto de Botânica da Secretaria de Estado do Meio Ambiente, São Paulo, 2007.