Malvaceae – Waltheria collina

Ervas, ca. 40cm; ramos com indumento glauco, constituído predominantemente de tricomas estrelados e simples, mais tricomas glandulares capitados esparsos, glabrescentes.

Lâmina foliar 2,3-3,7×0,8-1,7cm, concolor, não plicada, oblonga, ápice agudo, margem irregularmente serreada, base obtusa, face adaxial e abaxial esverdeadas; estípulas 3-5mm, estreitamente triangulares, vináceas; pecíolos 5-10mm.

Cimeiras axilares e terminais, cimas 7-15-floras; profilos 4 por flor, 3-6mm, estreito-elípticos; flores subsésseis, heterostilas; cálice 3-4mm, campanulado, sem nervuras proeminentes, lobos ca. 2mm; pétalas 4-5mm, amarelas, glabras, unha ca. 1mm; forma brevistila: tubo estaminal ca. 2mm, partes livres dos estames ca. 1mm, espessadas; ovário 0,5-0,7mm; estilete 1,5-2mm, tricomas estrelados na porção basal; forma longistila: não vista.

Cápsula ca. 2mm, com tricomas simples e estrelados, rostro ca. 0,2mm; semente ca. 1mm, castanho-escura.

América do Sul: Colômbia, Venezuela e no Brasil, no Rio de Janeiro e São Paulo. E7/E8, floresta ombrófila densa, na restinga. Flores e frutos em novembro, e segundo Saunders (1995) de março a junho.

Espécie rara no Estado de São Paulo, vivendo em condição vulnerável, conhecida somente por um material coletado entre os Municípios de São Sebastião e Bertioga.

Compartilha com W. indica o aspecto geral. No entanto, difere por apresentar tricomas glandulares nos ramos, lâmina foliar oblonga, estípulas de coloração vinácea e pétalas glabras, enquanto W. indica não possui tricomas
glandulares nos ramos, apresenta lâmina foliar ovada, elíptica, obovada ou raramente suborbicular, estípulas ferrugíneas a nigrescentes e pétalas pilosas.

Fonte: CRUZ, F. R. Sterculiaceae Vent. no Estado de São Paulo. 108f, il. Dissertação (Mestrado), Instituto de Botânica da Secretaria de Estado do Meio Ambiente, São Paulo, 2007.

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