Malvaceae – Helicteres sacarolha

Arbusto ca. 1 m alt.; ramos inermes, castanho-tomentosos, com tricomas estrelados.

Folhas estipuladas, serreadas, suborbiculares a obovadas, raramente ovadas a oblongas, margem irregularmente serreada, pecíolo 5,0-8,0 mm compr., lâmina 5,5-9,0 × 2,5-6,0 cm compr. × larg., assimétrica, concolor, face adaxial esparso-tomentosa, face abaxial densamente tomentosa, com tricomas estrelados; estípulas persistentes, 0,5-1,2 cm compr., subuladas e tomentosas.

Inflorescência cincinos axilares ou terminais pedunculados, portando 2-3 flores, pedúnculos 5,0-8,0 mm compr.; bractéolas 2 por flor, filiformes, 0,8-1,0 cm compr. Cálice tubuloso, reto, 1,5-1,7 cm compr., face externa tomentosa, face interna glabra, com lobos triangulares de tamanhos desiguais, ca. 3 mm larg.; pétalas amareloavermelhadas, 2,5-3,0 cm compr., superando a altura do cálice, unhas asas franjadas laterais aderentes; androginóforo 3,0-4,5 cm compr., cilíndrico, estriado, reto, glabro; estames 8, livres, 3,5-4,0 mm compr.; estaminódios 5, conatos; gineceu sincárpico, 5-carpelar e 5-locular, muitas sementes por lóculo; ovário súpero, 1,5-1,7 mm compr.

Fruto cápsula espiralada, 1,0-2,5 cm compr., tomentosa a glabrescente; sementes numerosas, 3,0 mm compr., pretas, não aladas.

Nomes populares: saca-rolha, veludo, rosquinha.

Espécie também amplamente distribuída pelo Brasil, comum no Cerrado nas áreas do Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste do país (Cristóbal, 2001). Na Serra do Cipó, a espécie é pouco frequente, encontrada somente em uma mancha de cerrado da área. Foram coletados indivíduos com flores em fevereiro e com frutos em novembro.

Fonte: COLLI-SILVA, M.; ESTEVES, G. L. & DUARTE, M. C. Flora da Serra do Cipó, Minas Gerais: Byttnerioideae, Helicterioideae e Sterculioideae (Malvaceae). Boletim de Botânica da Universidade de São Paulo, São Paulo, v. 37, p. 27–48, 2019.

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