Malvaceae – Guazuma ulmifolia

Árvores até 10 m de alt.; ramos glabrescentes, os jovens com tricomas simples e estrelados.

Folhas ovadas a oblongas, pecíolo 0,5-2,5 cm compr., tomentoso, lâmina (3,0-)6,0-12,0 × (1,8-)2,5-6,0 cm compr. × larg., geralmente assimétrica, concolor, face abaxial mais tomentosa que a adaxial, margem irregularmente serreada;
estípulas 0,5-2,0 cm compr., triangulares, tomentosas.

Cálice ocre, dividido em 3 lobos, sépalas 3,0-4,0 mm compr., ovais, face externa tomentosa, face interna glabra; corola cuculada, pétalas amarelas, externamente tomentosas, internamente glabras, unha 3,0-4,0 mm compr., linear, 5,0-7,5 cm compr.; tubo estaminal campanulado; estames 15, 2,0-3,0 mm compr., dispostos em 3 verticilos; estaminódios 5, 2,5-3,5 mm compr.; ovário súpero 1,0-1,5 mm compr., subgloboso, muricado.

Fruto cápsula globosa, 2,0-3,5 cm × 2,0-7,5 cm compr. × larg., muricada, escura, indeiscente ou com deiscência incompleta; sementes muitas, 2,0-3,5 mm compr., pretas.

Nomes populares: mutamba, motamba, guaxuma-macho.

Espécie amplamente distribuída pela América do Sul, por todas as fitofisionomias. Ocorre principalmente em áreas florestadas ou antropizadas. Na Serra do Cipó, encontra-se nas manchas de matas secas dos capões, ao redor dos afloramentos de calcário, onde é muito frequente, sendo facilmente evidenciada devido à sua ampla copa, ramos flexíveis e frutos muricados indeiscentes (Fig. 3). Há registros de materiais com flores ou frutos em março, outubro e
novembro. O material da região apresenta grande variação intraespecífica, com folhas de formato e indumento variados.

Fonte: COLLI-SILVA, M.; ESTEVES, G. L. & DUARTE, M. C. Flora da Serra do Cipó, Minas Gerais: Byttnerioideae, Helicterioideae e Sterculioideae (Malvaceae). Boletim de Botânica da Universidade de São Paulo, São Paulo, v. 37, p. 27–48, 2019.

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