Arbustos até 1,5 m alt., ramos lenhosos, aculeados, angulosos e pubescentes, com tricomas adpressos; acúleos curvos, triangulares, 4,0-5,0 × 7,0-8,0 mm compr. × larg..
Folhas coriáceas, lanceoladas, pecíolo 4,0-6,0 mm compr., subséssil, lâmina 5,0-8,5 × 3,0-4,5 cm compr. × larg., levemente pubescente, margem denteada e apiculada; estípulas 2,0-4,0 mm compr., lineares.
Pedúnculos 1,0-2,0 mm, portando muitas flores. Flores com sépalas ocráceas, 4,0-5,0 cm compr., oval-lanceoladas, externamente com tricomas estrelados, internamente pubescentes; pétalas purpúreas, unha 1,0-1,5 mm compr.,
membranácea, glabra, lâmina 4,0-4,5 mm compr., com tricomas simples por toda a extensão; tubo estaminal
urceolado 1,0-1,5 mm compr.; gineceu sincárpico, ovário 1,0-1,2 mm compr., estigmas capitados.
Fruto cápsula subesferoidal, ca. 1,0 cm diam., aculeada, acúleos 1,0-1,5 mm compr.; sementes pretas, rugosas, tuberculadas, 3,0-4,0 mm compr.
Byttneria scabra ocorre sobretudo nas áreas abertas ou sazonalmente secas, bem como de margens de rios ou áreas antropizadas. Na Serra do Cipó, é frequente próximo à margem dos riachos do afluente do Rio Cipó.
Possui ampla variação no formato, dimensão e indumento das folhas, mas na Serra do Cipó possui um morfotipo relativamente estável, com folhas sobretudo lanceoladas (Fig. 2). B. scabra floresce e frutifica o ano todo (Cristóbal, 1976), mas na Serra do Cipó há registros de floração e frutificação especialmente nos meses de dezembro, janeiro e
junho.
Fonte: COLLI-SILVA, M.; ESTEVES, G. L. & DUARTE, M. C. Flora da Serra do Cipó, Minas Gerais: Byttnerioideae, Helicterioideae e Sterculioideae (Malvaceae). Boletim de Botânica da Universidade de São Paulo, São Paulo, v. 37, p. 27–48, 2019.