Subarbustos, 30-60cm; ramos cilíndricos, estriados, com tricomas simples, acúleos ca. 0,5mm.
Folhas pecioladas; lâmina foliar concolor, 3,5-10×0,7-2cm, coriácea, estreitamente ovada, ápice agudo, mucronado,
margem inteira, base arredondada, 3-nervada, com tricomas simples em ambas as faces; nectários localizados na base da lâmina sobre a nervura média, uniaberturados, abertura oval; estípulas 4-5mm, estreito-triangulares; pecíolos 6-40mm, não alados.
Cimas 5-7-floras; prófilos 0,1-0,3mm, estreitotriangulares a lineares; pedúnculos 4-5mm; cálice 4-6mm, glabro na face externa; pétalas amarelas na base, avermelhadas no ápice; unha ca. 1mm; lâmina 4-10mm, carnosa, cilíndrica, pilosa na base; tubo estaminal ca. 1mm, urceolado; estaminódios com 1 proeminência; ovário 0,3-0,5mm; estiletes
0,1-0,2mm.
Fruto 4-12mm diâm., subgloboso; acúleos 1-3mm, aciculares, próximos entre si; sementes 4-5mm, castanhas, verrucosas.
Exclusivamente no Brasil, de São Paulo ao Rio Grande do Sul. D4, E5, E6, F4, F5: floresta estacional semidecidual e floresta ombrófila mista. Flores e frutos de outubro a dezembro.
Byttneria hatschbachii é muito semelhante a B. oblongata Pohl, compartilhando com essa o indumento de tricomas simples, ramos cilíndricos, pecíolos não alados e os nectários foliares uniaberturados situados na base da lâmina foliar, com abertura oval. Entretanto, B. hatschbachii apresenta as folhas trinervadas na base e pecíolos com até 40 mm de comprimento, ao passo que B. oblongata possui cinco nervuras na base da lâmina e o comprimento dos pecíolos em torno de 2 a 3 mm.
Byttneria hatschbachii era conhecida para o Brasil apenas pelas coleções da região Sul, do Paraná ao Rio Grande do Sul, sendo esta a primeira referência da espécie em São Paulo, onde ocorre na fronteira do Estado com o Paraná, em floresta ombrófila mista.
Fonte: CRUZ, F. R. Sterculiaceae Vent. no Estado de São Paulo. 108f, il. Dissertação (Mestrado), Instituto de Botânica da Secretaria de Estado do Meio Ambiente, São Paulo, 2007.