Trepadeiras lenhosas; ramos seríceos a glabrescentes; estípulas epipeciolares 0,6–0,7 mm compr., triangulares, decíduas, livres.
Folhas reduzidas nas inflorescências ausentes; pecíolo 1–1,1 cm compr., canaliculado, tomentoso, eglandular; lâmina foliar 5,2–6,1 × 2,9–3,5 cm, cartácea, elíptica a ovóide, base obtusa margem plana, ápice agudo a arredondado, face
abaxial tomentosa, face adaxial glabra, nervura central impressa na face abaxial, 1-2 pares de glândulas na base da folha.
Tirso de cíncinos 1-floros, 6–16 flores; raque tomentosa; brácteas 1,6 mm compr., cartáceas, triangulares, decíduas e bractéolas 1,2 mm compr, cartáceas, triangulares, decíduas; pedúnculos 3–3,7 mm compr, tomentosos. Flores com pedicelos 6–9 mm compr., tomentosos; sépalas 0,3–0,4 × 1,1 cm, ápice arredondado, face abaxial tomentosa eglandulares; pétalas amarelas, margem erosa; pétalas laterais flabeladas com limbo 5,1–5,3 × 9–9,3 mm, unguículos 4,1 × 1,2 mm; pétala posterior orbicular com limbo 6 × 9 mm, , unguículo 3,3 × 0,9 mm. Estames com filetes 1 mm compr., conectivos glandulares das anteras cobrindo a parte posterior dos lóculos, lóculos glabros; ovário 1,1 × 1,5 mm, cônico, seríceo; estiletes 3 × 0,1 mm, eretos, divergentes, cilíndricos, glabros; estigma apical, pedaliforme.
Mericarpos marrons quando maduros; sem alas, tomentoso, tricomas não urticantes; 3–3,4 × 4,8–5,3 mm, rugoso.
No Brasil é encontrada nos estados de Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina (BFG 2018). No Espírito Santo, até o momento registrada apenas uma ocorrênca no município de Vila Velha, coletada em 1946, de localização imprecisa. Coletada com fruto em maio. Considerada ameaçada de extinção na categoria “Criticamente em perigo” (Fraga et al. 2019).
Thryallis brachystachys pode ser reconhecida por suas longas sépalas eglandulares que se destacam do pedicelo junto aos frutos e pelos seus frutos esquizocárpicos sem alas. Também apresenta tricomas estrelados por toda a planta.
Fonte: BARROS, P. H. D. Flora do Espírito Santo: gêneros Alicia, Amorimia, Barnebya, Bunchosia, Carolus, Dicella, Heladena, Hiraea, Lophopterys, Mascagnia, Mezia, Niedenzuella, Tetrapterys e Thryallis (MALPIGHIACEAE). 100f. Dissertação (Mestrado em Biodiversidade Tropical), Universidade Federal do Espírito Santo, São Mateus- ES, 2019.