Malpighiaceae – Tetrapterys phlomoides

Trepadeiras volúveis; ramos densamente velutinos; estípulas interpeciolares, 0,5–2,3 mm compr., triangulares, decíduas, livres.

Folhas reduzidas nas inflorescências presentes; pecíolo 11–25 mm compr., canaliculado, densamente velutino, 1 par de glândulas no ápice; lâmina foliar 6,3–10,3 × 4,6–6,8 cm, cartácea, largamente elíptica a obovada, base obtusa,
margem inteira, revoluta, ápice obtuso a arredondado, face adaxial tomentosa a glabrescente, face abaxial tomentosa, nervuras central e secundárias impressas em ambas as faces, até 7 pares de glândulas na face abaxial da lâmina.

Dicásio de cíncinos 1-floros, 10–44 flores; raque densamente velutina; brácteas 1,9–2,5 mm compr., cartáceas, triangulares, persistentes, eglandulares; bractéolas 1,2–1,9 mm, cartáceas, triangulares, persistentes, eglandulares;
pedúnculos 3–3,6 mm compr. Flores com pedúnculos sésseis, pedicelos 6,5–7,3 mm, densamente velutinos; sépalas adpressas ao androceu, 2,7 × 2 mm, ápice arredondado, ambas as faces glabras, as 4 laterais com 2 elaióforos cada, a anterior eglandular; elaióforos 8, verdes na antese e avermelhados na pós-antese, 2,7 × 1,3 mm; pétalas amarelas na antese e avermelhadas na pós-antese, pétalas laterais com limbo orbicular, pétala posterior com limbo ovado, margem erosa; pétalas laterais 4,2–5,5 × 3–3,9 mm, unguículos 2,5 × 0,45 mm; pétala posterior 3,8 × 2,7 mm, unguículo 2 × 0,7 mm; estames com filetes ca. 2,5 mm compr., conectivos glandulares cobrindo a face posterior das anteras, lóculos glabros; ovário 2,5 × 2,5 mm, esférico, seríceo; estiletes 1,4 × 0,1 mm, eretos, divergentes, cilíndricos, glabros; estigma lateral, truncado.

Mericarpos alados, rosados quando maduros, 4 alas laterais formando um “X” e alas inferiores menores que as alas superiores, crista central desenvolvida, esparsamente seríceas, tricomas não urticantes, alas superiores 2,6–3 × 0,8–0,9 cm, alas inferiores 1,2–1,4 × 0,3–0,4 cm; núcleo seminífero 5–5,4 mm compr., levemente rugoso, seríceo a velutino.

Tetrapterys phlomoides é endêmica do Brasil e ocorre nos estados de Alagoas, Bahia, Pernambuco, Sergipe, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e no Distrito Federal (BFG 2018). No Espírito Santo é encontrada em Floresta Estacional Semidecidual e Floresta Ombrófila Densa. Coletada com flor de janeiro a agosto e com fruto em fevereiro e de junho a setembro.

Pode ser facilmente diferenciada das outras espécies de Tetrapterys encontradas no Espírito Santo, por seu indumento densamente velutino por toda a planta, tornando-a levemente esbranquiçada e suas nervuras central e secundárias marcadas em ambas as faces das folhas.

Fonte: BARROS, P. H. D. Flora do Espírito Santo: gêneros Alicia, Amorimia, Barnebya, Bunchosia, Carolus, Dicella, Heladena, Hiraea, Lophopterys, Mascagnia, Mezia, Niedenzuella, Tetrapterys e Thryallis (MALPIGHIACEAE). 100f. Dissertação (Mestrado em Biodiversidade Tropical), Universidade Federal do Espírito Santo, São Mateus- ES, 2019.

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