Trepadeiras lenhosas; ramos velutinos; estípulas interpeciolares, 0,8–1,1 mm compr., triangulares, persistentes, livres.
Folhas reduzidas nas inflorescências ausentes; pecíolo 7–13 mm compr., canaliculado, velutino, 1 par de glândulas no ápice; lâmina foliar 6,8–8,1 × 3,8–4,9 cm, cartácea, ovada a elíptica, base arredondada, margem inteira, plana, ápice acuminado a mucronado, ambas as faces velutinas, face adaxial com tricomas mais esparsos, nervura central impressa na face abaxial, 1-2 pares de glândulas na face abaxial.
Tirso de cincinos 1-floros, 14-30 flores; raque velutina; brácteas 1,3–2,2 mm compr., cartáceas, subuladas, persistentes, eglandulares; bractéolas 0,5–1 mm compr., cartáceas, triangulares, persistentes, eglandulares;
pedúnculos 0,4–0,6 mm compr., velutinos. Flores com pedúnculos sésseis, pedicelos 0,6–0,8 mm compr., sericeos; sépalas paralelas ao androceu, 1,4 × 1 mm, ápice agudo, face adaxial glabra, face abaxial serícea, as 4 laterais com 2 elaióforos cada, a anterior eglandular; elaióforos 8, verdes, 1,6 × 0,4 mm; pétalas amarelas, limbo orbicular, margem erosa; pétalas laterais 3.3 × 2,3 mm, unguículos 1,1 × 0,1 mm; pétala posterior 3,5 × 2,7 mm, unguículo 1,3 × 0,3 mm;
estames com filetes 1–1,1 mm compr., conectivos das anteras cobrindo a face posterior dos lóculos, lóculos glabros; ovário 1,1 × 1,1 mm, esférico, seríceo; estiletes 2,5 × 0,1 mm, retos, divergentes, ciíndricos, glabros; estigma apical, truncado.
Mericarpos alados orbiculares, marrons quando maduros quando maduros, duas alas laterais fundidas na parte inferior, seríceas, tricomas não urticantes, alas 1,4–2,4 × 0,4–1,1 cm; núcleo seminífero 0,5–0,7 mm compr., estriado, seríceo.
Mascagnia velutina é endêmica do Brasil e registrada para os estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo (BFG 2015), onde ocorre em Floresta Estacional Semidecidual e Floresta Ombrófila Densa. Coletada com flor em outubro e com fruto em fevereiro.
Considerada ameaçada de extinção na categoria “Em perigo” (Fraga et al. 2019). A espécie é facilmente reconhecida entre as demais Mascagnia encontradas no Espírito Santo por seu indumento velutino nos ramos jovens, pecíolos e folhas.
Fonte: BARROS, P. H. D. Flora do Espírito Santo: gêneros Alicia, Amorimia, Barnebya, Bunchosia, Carolus, Dicella, Heladena, Hiraea, Lophopterys, Mascagnia, Mezia, Niedenzuella, Tetrapterys e Thryallis (MALPIGHIACEAE). 100f. Dissertação (Mestrado em Biodiversidade Tropical), Universidade Federal do Espírito Santo, São Mateus- ES, 2019.