Malpighiaceae – Mascagnia sepium

Trepadeiras lenhosas; ramos jovens seríceos, glabrescentes; estípulas interpeciolares, 1,3–1,6 mm compr., estreitamente triangulares, persistentes, livres.

Folhas reduzidas nas inflorescências ausentes; pecíolo 5–8,5 mm compr., canaliculado, seríceo, 1 par de glândulas no ápice; lâmina foliar 5,2–11,8 × 3,2–7,6 cm, membranácea, elíptica a ovada, base obtusa a subcordada, margem inteira, plana, ápice agudo a acuminado, ambas as faces esparsamente seríceas e glabrescentes, nervura central levemente canaliculada na face adaxial, 1–2 pares de glândulas na face abaxial, submarginais.

Tirso de cíncino unifloros congesto, 6–12 flores; raque serícea; brácteas 1,4–2 mm compr., cartáceas, triangulares, persistentes, eglandulares; bractéolas 0,6–1,3 mm compr., cartáceas, estreitamente triangulares, persistentes, 1 de cada par com uma glândula abaxial; pedúnculos 2,2–3 mm compr., seríceos. Flores com pedúnculos sésseis, pedicelos 6,1–8,3 mm compr., seríceos; sépalas adpressas ao androceu, 16 × 12 mm, ápice agudo a arredondado, face adaxial glabra, face abaxial serícea, as 4 laterais com 2 elaióforos cada, a anterior eglandular; elaióforos 8, verde-amarelados, 1,6 × 0,5 mm; pétalas amarelas, limbo ovado, margem inteira; pétalas laterais 3,9 × 2,4 mm, unguículos 1,2 × 0,1 mm; pétala posterior 3,3 × 2,8 mm, unguículo 1,2×0,4 mm; estames com filetes 0,9–1,1 mm compr., conectivos glandulares das anteras cobrindo a parte posterior dos lóculos, lóculos glabros; ovário 1,2 × 1,2 mm, esférico, seríceo; estiletes 2, 8× 0,1 mm, eretos, divergentes, cilíndrico, glabro; estigma apical, truncado.

Mericarpos alados orbiculares, verde-claros quando maduros, duas alas laterais fundidas, membranáceas, esparsamente seríceas, tricomas não urticantes, alas laterais 0,8 × 1,5 cm; núcleo seminífero 2,2–3,7 mm compr., liso, seríceo.

Endêmica do Brasil, Mascagnia sepium ocorre nos estados de Amazonas, Tocantins, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Ceará, Piauí, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná (BFG 2018). No Espírito Santo ocorre em Floresta Ombrófila Densa. Coletada com flor em agosto, outubro, novembro e dezembro, e com fruto em junho, novembro e dezembro.

Diferencia-se de M. velutina por seu indumento esparso-seríceo nos ramos e folhas (vs. velutinos) e de M. cordifolia pela sua inflorescência congesta (vs. alongada).

Fonte: BARROS, P. H. D. Flora do Espírito Santo: gêneros Alicia, Amorimia, Barnebya, Bunchosia, Carolus, Dicella, Heladena, Hiraea, Lophopterys, Mascagnia, Mezia, Niedenzuella, Tetrapterys e Thryallis (MALPIGHIACEAE). 100f. Dissertação (Mestrado em Biodiversidade Tropical), Universidade Federal do Espírito Santo, São Mateus- ES, 2019.

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