Malpighiaceae – Hiraea macrophylla

Trepadeira lenhosas; ramos seríceos a glabrescentes; estípulas epipeciolares, 1,4–2 mm compr., subuladas, persistentes, livres.

Folhas reduzidas nas inflorescências ausentes; pecíolo 7–14 mm compr., canaliculado, seríceo, eglandular; lâmina foliar 7,9–18,1 × 3,1–6,5 cm, cartácea, elíptica a obovada, base aguda, margem inteira, plana, ápice agudo a arredondado, raramente mucronado, ambas as faces com tricomas esparsos a glabrescentes, nervura central e secundárias impressas na face abaxial, 1 par de glândulas na base e múltiplas glândulas na margem. Umbelas de cíncinos 1-floros, 2-4 flores; raque serícea; brácteas 2–2,7 mm compr., cartáceas, triangulares, persistentes, eglandulares; bractéolas 1,4–1,6 mm compr., cartáceas, triangulares, persistentes, eglandulares; pedúnculos 12–15 mm compr.

Flores com pedúnculos sésseis, pedicelos 15–21 mm, seríceos; sépalas paralelas ao androceu, 1,6–2 × 1,9–2,2 mm,
ápice arredondado, face adaxial glabra, face abaxial serícea, as 4 laterais com 2 elaióforos cada, a anterior eglandular; elaióforos 8, amarelos, 0,9–1,5× 0,5–0,7 mm; pétalas amarelas, limbo orbicular, margem das pétalas laterais inteiras a ligeiramente denticuladas, da pétala posterior fimbriada e glandular; pétalas laterais 6,1–6,3 × 7,1–7,4 mm, unguículos 2,6–2,8 × 0,3 mm; pétala posterior 4,5 × 4 mm, unguículo 4,5 × 0,5 mm; estames com filetes 2–3 mm, conectivos glandulares das anteras cobrindo toda a parte posterior dos lóculos, lóculos glabros; ovário 1 × 1,1 mm, esférico, seríceo; estiletes 4,3 × 0,2 mm, arqueados, convergentes, cilíndricos, glabros; estigma apical, truncado a pedaliforme.

Mericarpos alados, marrons quando maduros, duas alas laterais desenvolvidas, membranáceas, tricomas esparsos, não urticantes, alas 2,1–1,3 × 7,1–7,4 cm; núcleo seminífero 2,9–3,3 mm compr., rugoso, seríceo.

Ocorre desde o México e Caribe até a Argentina (Anderson 2007). No Brasil foi citada apenas para o estado do Rio de Janeiro (Anderson 2014; BFG 2018) mesmo com coletas em diversos estados brasileiros, antes identificada como Hiraea fagifolia. No Espírito Santo ocorre em Floresta Estacional Semidecidual e Floresta Ombrófila (Restinga). Coletada com flor em janeiro, fevereiro e junho, e com fruto em fevereiro.

É frequentemente confundida com H. restingae, porém se diferencia por apresentar múltiplas glândulas na margem da folha (vs. apenas um par de glândulas) e ambas as faces da folha com tricomas esparsos a glabrescentes (vs. ambas as faces das folhas glabras).

Fonte: BARROS, P. H. D. Flora do Espírito Santo: gêneros Alicia, Amorimia, Barnebya, Bunchosia, Carolus, Dicella, Heladena, Hiraea, Lophopterys, Mascagnia, Mezia, Niedenzuella, Tetrapterys e Thryallis (MALPIGHIACEAE). 100f. Dissertação (Mestrado em Biodiversidade Tropical), Universidade Federal do Espírito Santo, São Mateus- ES, 2019.

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