Lythraceae – Cuphea racemosa

Ervas a subarbustos, 20-60cm, não viscosos; ramos hirsutos com tricomas tectores longos, eretos e marrom-avermelhados.

Folhas opostas, pecioladas; pecíolo 3-14mm; lâminas 10-60×5-35mm, membranáceas, ovais, ápice obtuso, margem plana, base aguda a atenuada, lâminas glabras ou com tricomas glandulares nas nervuras.

Racemos bracteosos. Flores subalternas, alternas ou 3-verticiladas, pedicelo 4-5mm, bractéolas 0; tubo floral 7-9mm, esverdeado com dorso rosa-magenta com tricomas tectores, curtos e eretos; calcar curto, quadrangulado, truncado; pétalas 6, roxas a lilás-claras, caducas no fruto; filetes livres na porção apical do tubo; vesículas infra-estaminais ausentes; estilete pouco piloso; óvulos ca. 20; glândula nectarífera dorsal, ereta.

Sementes com margem afinada.

Argentina, Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, México, Venezuela, Peru, Paraguai e Uruguai. No Brasil, em Goiás e
nos estados das regiões Sudeste e Sul. D4, D8, F4, F5, E7: locais alagados ou úmidos, bordos de mata. Floresce de
abril a setembro, frutos foram encontrados em março, novembro e dezembro.

C. racemosa é uma das espécies mais variáveis e complexas no gênero. Ao longo da ampla distribuição da espécie um grande número de subespécies, variedades e formas têm sido propostas baseadas em diferenças como forma da folha, quantidade de indumento e diferenças na morfologia floral, acompanhadas também por ampla variação de número cromossômico, sendo necessário um estudo biossistemático detalhado para estabelecer-se uma classificação mais natural.

Fonte: CAVALCANTI, T. B. & GRAHAM, S. Lythraceae. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Instituto de Botânica, São Paulo, v. 2, p. 163-180, 2002.

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