Subarbustos ca. 25cm, viscosos; ramos vilosos, com tricomas não glandulares brancos, eretos, entremeados por
tricomas glandulares do mesmo tamanho.
Folhas opostas, pecioladas; pecíolo 5-7mm; lâminas 15-22×7-10mm, membranáceas, ovais a oval-lanceoladas, ápice obtuso, margem plana, base obtusa, arredondada, curto-vilosas em ambas as faces, face adaxial às vezes com tricomas mais esparsos.
Racemos frondosos. Flores alternas; pedicelo 0,5-1mm, bibracteolado; tubo floral 7-8mm, esverdeado a pardacento, com tricomas glandulares e não glandulares abundantes; calcar curto; pétalas 6, lilás-claras, persistentes e enroladas no fruto; filetes livres na porção apical do tubo; vesículas infra-estaminais ausentes; estilete viloso; óvulos 3; glândula nectarífera dorsal, horizontal. Sementes com margem arredondada.
Espécie com distribuição ampla nas áreas de Cerrado do Brasil, ocorrendo na Bahia, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Piauí e São Paulo. B4: cerrado. Frutos maduros e flores velhas em novembro.
Os indivíduos de C. lutescens apresentam-se tipicamente muito mais altos que o espécime examinado de São Paulo. Pode ser reconhecida pela característica de manter as pétalas mesmo na frutificação e pelas folhas muito viscosas. Difere de C. sessiliflora A. St.-Hil. basicamente pela posição horizontal da glândula nectarífera do ovário e pela presença de tricomas na nervura central das pétalas, caracteres que apresentam-se variáveis nos espécimes examinados ao longo da distribuição de C. lutescens. A revisão da seção Pseudocircacea, provavelmente, resultará na sinonimização de alguns táxons neste grupo.
Fonte: CAVALCANTI, T. B. & GRAHAM, S. Lythraceae. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Instituto de Botânica, São Paulo, v. 2, p. 163-180, 2002.