Loganiaceae – Strychnos solimoesana

Trepadeira; ramos cinza a castanho-escuros, cilíndricos, lisos ou levemente rugosos, pubérulos; lenticelas ausentes; gavinhas presentes.

Folhas subsésseis ou pecíolo 3–5 mm compr.; lâmina verdeclara, castanho-amarelada quando seca, opaca, discolor, 2–12,5 × 1,5–5,8 cm, oblonga a elíptica, cuneada a arredondada na base, aguda no ápice, inteira nas margens, cartácea, glabra na face adaxial, velutina na face abaxial, suave ao toque, com tricomas concentrados na axila das nervuras principais, triplinérvea.

Inflorescência não vista. Flores não vistas.

Bagas amarelas, 1,5–2 × 1,5–1,8 cm; pericarpo subcoriáceo, liso.

Sementes não vistas.

Ocorre na Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador e Peru. No Brasil, ocorre nos estados do Amazonas, Bahia e Pará (Krukoff & Monachino 1942; Guimarães et al. 2017). G8 e H8: florestas ombrófilas densomontanas e submontanas, sobre solos ricos em húmus.

Segundo Krukoff & Monachino (1942), a espécie pertence à sessão Longiflorae (veja comentário da sessão em S. bahiensis). Strychnos solimoesana é caracterizada pelas folhas com nervuras profundamente impressas. A espécie é bastante peculiar porque a lâmina foliar, macroscopicamente, aparenta ser completamente glabra em ambas as faces, porém microscopicamente, apresenta indumento minutamente velutino, suave ao toque, na face abaxial.

Assemelha-se a S. mitscherlichii por apresentar o segundo par de nervuras surgindo geralmente 1 cm acima da base da lâmina foliar. Entretanto, S. solimoesana apresenta indumento minutamente velutino, suave ao toque, na face abaxial das folhas (vs. glabra). A espécie não é conhecida com flores e suas bagas são aqui descritas com base no material do Pará, único fértil dentre as amostras coletadas até então. Suas inflorescências parecem formar tirsos congestos, terminais e axilares; as bagas são globosas, com pericarpo fino e provavelmente apenas 1 ou 2 sementes.

Fonte: BRANDÃO, E. K. de S. & RAPINI, A. Flora da Bahia: Loganiaceae. Rev. Sitientibus série Ciências Biológicas, v. 18, n. 10, p. 01-49, 2018.

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