Arvoreta a arbusto escandente, 2–4 m alt.; ramos castanho-acinzentados, cilíndricos, raramente pubescentes; lenticelas pontiformes; espinhos presentes.
Folhas subsésseis ou pecíolo até 2 mm compr.; lâmina verde, mesmo quando seca, discolor, 2–5,5 × 1,5–3 cm, ovada a largo-elíptica, cuneada a arredondada na base, acuminada, arredondada a aguda no ápice, simples a ciliada nas margens, cartácea a coriácea, glabra a pubescente em ambas as faces, quintuplinérvea.
Tirsos terminais, congestos, 15–30 flores; pedúnculo 0,5–1,3 cm compr., piloso; brácteas 2–3,5 mm compr., lanceoladas, acuminadas no ápice, ciliadas nas margens. Flores com pedicelo até 1,5 mm compr. Sépalas verdes, 1–1,2 × 0,6–0,8 mm, ovadas, cuneadas a agudas no ápice, ciliadas nas margens. Corola amarelo-parda, curto-infundibuliforme; tubo 0,8–1 mm compr., minutamente papiloso externamente, glabro internamente; lobos 1,5–2 × 1,2–1,5 mm, ovados a ovado-lanceolados, minutamente papilosos externamente, papilosos e barbados para o ápice internamente. Estames semiexsertos a exsertos; filetes 0,3–0,4 mm compr.; anteras 0,6–0,8 mm compr., basifixas, esparso-pilosas na base. Ovário ca. 0,8 mm compr.; estilete 0,8–1 mm compr.; estigma depresso-capitado.
Bagas amarelas, 1,5–2 × 1,3–2 cm; pericarpo suculento, liso.
Semente 1(2), 1–1,5 × 1–1,2 cm.
Ocorre na Bolívia, Brasil e Paraguai. No Brasil, está amplamente distribuída nos estados do Acre, Pará, Tocantins, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo (Krukoff & Monachino 1942; Guimarães et al. 2017). E7, E8, F4, D7, E7, E8, F4, F5, F6, F7, G5, G7, H7 e H8: cerrados e caatingas, florestas ciliares ou de galeria e
florestas estacionais, em solos arenosos, tanto em áreas preservadas como perturbadas por ação antrópica. Floresce em novembro e frutifica em março.
Strychnos parvifolia é bastante polimórfica. Caracteriza-se pelo ápice pubérulo dos ramos, as folhas curto-pecioladas, ovadas a largo-elípticas, quintuplinérveas, sépalas ovado-agudas, ciliadas, corola com lobos ovados a ovado-lanceolados e barbados internamente mais para o ápice dos lobos. Assemelha-se a S. nana (ver comentário daquela
espécie) e a S. rubiginosa, da qual se distingue pelos ramos e folhas pubescente a glabros (vs. velutinos).
Fonte: BRANDÃO, E. K. de S. & RAPINI, A. Flora da Bahia: Loganiaceae. Rev. Sitientibus série Ciências Biológicas, v. 18, n. 10, p. 01-49, 2018.