Loganiaceae – Spigelia spartioides

Erva ereta, cespitosa, 40–50 cm alt.; ramos verdes, cilíndricos a tetrágonos, 4-costados, papilosos nas costelas e próximo aos nós; estípulas truncadas.

Folhas opostas, sésseis; lâmina verde, discolor, 1–3 × 1,5–2 cm, linear a ovado-lanceolada, truncada na base, arredondada a acuminada no ápice, revoluta nas margens, cartácea, escabra na face adaxial, com tricomas concentrados no ápice, escabra na face abaxial, hifódroma.

Cimeiras escorpioides, isoladas, terminais, 10–16 flores, 6–8 cm compr.; pedúnculo 1,5–4 cm compr., glabro; brácteas 1,5–3,5 mm compr., lanceoladas, acuminadas no ápice, denticuladas nas margens. Flores sésseis. Sépalas 4–5 × 0,8–1 mm, lanceoladas, denticuladas nas margens. Corola rosa a alva com guias de néctar rosa; tubo 11–12 mm compr., glabro externa e internamente; lobos 1–1,5 × ca. 2 mm, deltoides, glabros. Estames inclusos; filetes 1,5–2 mm compr.; anteras 1,2–1,5 mm compr. Ovário ca. 0,5 mm compr.; estilete 10–12 mm compr.; estigma filiforme.

Cápsulas 3–3,5 × 4–4,5 mm; mericarpos arredondados, papilosos. Carpoatlas elíptico, arredondado a cuneado nas extremidades; forame circular a largo-elíptico.

Sementes 16, 0,8–1 × 0,5–0,8 mm.

Endêmica do Brasil, ocorrendo na Bahia e em Minas Gerais (Guimarães et al. 2017). C8, D1/2 e D7: campos rupestres, crescendo exposta ao sol, em afloramentos rochosos. Floresce e frutifica de janeiro a março.

Spigelia spartioides é mais uma das espécies que compõe a seção Gracilis (veja comentários em S. gracilis, S. linarioides e S. pulchella). É caracterizada por apresentar ramos tetrágonos, com costas lameladas, folhas opostas, lanceoladas, truncadas na base, acuminadas a arredondadas no ápice, com tricomas esparsos formando indumento escabro no ápice, sépalas denticulado-serreadas, não ultrapassando a metade da cápsula, e corola purpúrea a rosa.

Fonte: BRANDÃO, E. K. de S. & RAPINI, A. Flora da Bahia: Loganiaceae. Rev. Sitientibus série Ciências Biológicas, v. 18, n. 10, p. 01-49, 2018.

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