Loganiaceae – Spigelia olfersiana

Subarbusto ereto, até 50 cm alt.; ramos verde-oliva a castanhos, cilíndricos, estrelado-tomentosos.

Folhas opostas, sésseis ou pecíolo até 1,5 mm compr.; lâmina verde, discolor, 1,5–4,7 × 0,8–2,1 cm, ovada a ovadoelíptica, arredondada a subcordada na base, aguda a arredondada no ápice, revoluta ou não nas margens,
estrelado-tomentosa na face adaxial, densamente estrelado-tomentosa na abaxial, 3 ou 4 pares de nervuras secundárias; estípulas ovadas eventualmente truncadas no ápice, até 0,2 mm compr.

Cimeiras escorpioides, isoladas, terminais, 4–27 flores, 2–11 cm compr.; pedúnculo 1,2–5 cm compr., estreladotomentoso; brácteas 1–2 mm compr., lanceoladas, agudas no ápice, estrelado-tomentosas nas margens.
Flores com pedicelo ca. 0,5 mm compr. Sépalas 2–2,5 × 0,6–1 mm, lanceoladas, acuminadas no ápice, estreladotomentosas nas margens. Corola creme com lobos púrpura, infundibuliforme; tubo 8–9 mm compr.,
externamente estrelado-tomentoso, internamente glabro; lobos 2,5–3 × 2,4–2,5 mm, ovados a largo-ovados, estrelado-tomentosos externamente, glabros internamente. Estames inclusos; filetes 1,4–1,6 mm compr.; anteras ca. 1,5 mm compr. Ovário 0,8–1,2 mm compr.; estilete 8,5–10,5 mm compr.; estigma filiforme.

Cápsulas verdes, 4–4,5 × 6–6,5 mm; mericarpos arredondados, estrelado-tomentosos. Carpoatlas elíptico, arredondado nas extremidades; forame elíptico a largooblongo.

Sementes 8, 1–1,5 × 0,8–1 mm.

É endêmica do Brasil, ocorrendo na Bahia e Minas Gerais (Guimarães et al. 2017). F6: campos rupestres, crescendo exposta ao sol, em afloramentos rochosos ou solos arenosos.

Spigelia olfersiana é uma nova ocorrência para Bahia. Pertence à seção Tomentosae, caracterizada principalmente por incluir subarbustos completamente recobertos por indumento estrelado-tometoso e anteras inclusas (exceto S. sellowiana). É morfologicamente semelhante a S. heliotropoides e S. sellowiana, diferindo pelos ramos com nós mais espaçados (entre nós mais longos), as sépalas menores (vs. maiores) que a metade do comprimento das cápsulas.

Fonte: BRANDÃO, E. K. de S. & RAPINI, A. Flora da Bahia: Loganiaceae. Rev. Sitientibus série Ciências Biológicas, v. 18, n. 10, p. 01-49, 2018.

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