Subarbusto até 2 m alt., ramos estrigosos ou hispidulosos, escabros.
Folhas pecioladas; pecíolo 0,2-0,5 cm compr.; lâmina estreitamente elíptica ou elíptico-oblanceolada, 5-10,5 cm compr., 0,8-2,8 cm larg., ápice agudo, margem serrada ou crenadoserrada, base cuneada, face adaxial estrigosa, face
abaxial verde, estrigosa ou pilosa nas nervuras, tricomas tectores ou glandulares. Tirso com flores arranjadas em verticilastros, eixo principal 35-45 cm, estrigoso ou hispiduloso.
Flor: pedicelada; pedicelo, 3-5 mm compr., hispiduloso; bractéolas inconspícuas ou ausentes; cálice verde, 9-11 mm compr., campanulado, aumentado no fruto, face interna estrigosa ou ciliada nos lobos, face externa tomentosa ou estrigosa principalmente ao longo das nervuras, tricomas tectores ou glandulares; corola vermelha, podendo ter porções amarelas, 30-45 mm compr., face interna glabra, face externa pilosa, tricomas tectores simples vermelhos; estames glabros; estilete piloso, estigma largamente bífido, exserto.
Núculas complanadas ou ovoides, ca. 4 mm compr., 3 mm larg., ápice agudo ou mucronado, coloração castanhoavermelhada, verruculosas.
Salvia scabrida ocorre comumente em regiões brejosas e também em orla de matas em Goiás, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo (Harley et al. 2010). Além dos caracteres apontados na chave de identificação, S. scabrida distingue-se de S. harleyana pela inflorescência laxa e pelas folhas com face abaxial proeminentemente reticulada. Foi coletada com flores na Serra do Cipó nos meses de janeiro, abril e dezembro.
Fonte: SILVA-LUZ, C. L. da.; GOMES, C. G.; PIRANI, J. R. & HARLEY, R. M. Flora da Serra do Cipó, Minas Gerais: Lamiaceae. Bol. Bot. Univ. São Paulo, v. 30, n. 2, p. 109-155, 2012.