Erva a arbusto, 0,3‒3 m alt.; ramos quadrangulares, tomentosos.
Pecíolo 1‒2,5 cm, tomentoso; lâmina 4,3‒9 × 1,5‒3 cm, cartácea, lanceolada a elíptica, ápice atenuado, base atenuada, margem serrilhada, face adaxial tomentosa, face abaxial esparsamente estrigosa.
Pseudorracemo duplo, pedúnculo 2‒6 cm compr.; brácteas da base do pseudo-pedicelo ca. 3 mm compr., decíduas, tomentosas; bractéolas ca. 1 mm compr., lineares. Pseudopedicelo 1‒2 mm compr., tomentoso; cálice: tubo ca. 4 mm compr., face externa densamente hirsuta, face interna glabra exceto nos lobos, lobos ca. 1 mm compr., ápice obtuso a acuminado; corola lilás ou roxa, tubo ca. 4 mm compr., face externa hirsuta, face interna glabra, lábio posterior ca. 3 mm compr., lábio anterior ca. 5 mm compr., lobo mediano do lábio modificado em forma de capuz; estames-4, filetes
posteriores ca. 6 mm compr., tomentosos, inseridos na fauce, anteriores ca. 3 mm compr., glabros, exceto pelo conectivo tomentoso, inseridos na base da corola; ovário ca. 1 mm compr., oblongo, glabro; estilete ca. 7 mm compr., glabro; estigma ca. 1 mm compr., glabro.
Núculas 4, 2‒3 × 2 mm, obovadas, glabras, verruculosas.
Eriope macrostachya pode ser identificada pelas folhas lanceoladas, serreadas, flores lilases, aromáticas. Com distribuição ampla no PEI, a espécie pode ser encontrada em orla de mata, em candeial, campo encharcável, em áreas antropizadas e degradadas em beira de estrada. Encontrada abaixo de 1.300 m alt. Ocorre desde a Bahia até o
Paraná, além do Pará e Ceará, apresentando uma disjunção, por provável falta de coletas (BFG 2018).
Fonte: MOTA, M.; PASTORE, J. F. B.; MARQUES NETO. R. & SALIMENA, F. R. Lamiaceae do Parque Estadual do Ibitipoca, Minas Gerais, Brasil. Rev. Rodriguésia, v. 71, p. 01-10, 2020.