Folhas basais ausentes.
Inflorescências terminais pedunculadas ou laterais, neste caso sésseis, pedúnculos planos, 1,5-7,5cm, brácteas florais carenadas 10-35×1-4mm; escapos planos, eretos, simples ou ramificados a partir do terço inferior, brácteas tectrizes 0,7-9×0,10-0,75cm, planas, escamiformes, linear-ensiformes ou falciformes, alternas, separadas por entrenós, 2-7,5×0,1-0,75cm, pedicelos cilíndricos, glabros. Flores amarelas, tépalas obovais, glabras, portando estrias inconspícuas à base, as externas 1-5×3-5mm, as internas 6-8×3-5mm; filetes 2-4mm, glabros, formando coluna estaminífera até 1mm, anteras 3-4mm, dorsifixas; hipanto 1-2×2mm, globoso, estiletes 2-6mm, concrescidos até a metade do seu comprimento, porções superiores livres, lineares.
Cápsula globosa, 3-12×3-10mm; sementes 1,5-2×1mm, globosas, superfície reticulada.
É a espécie do gênero com maior distribuição geográfica dentro do Brasil, ocorrendo em praticamente todos os Estados. B5, B6, C6, D5, D6, D7, D8, D9, E5, E7, E8, E9, F4, F5: cerrados, campos limpos, banhados e campos com ação antrópica. Floresce e frutifica o ano inteiro.
S. vaginatum caracteriza-se pela presença de diversas brácteas tectrizes alternas entre si, ausência de folhas basais e filetes soldados até a metade do comprimento, totalmente glabros. A espécie apresenta grande variação no tamanho
das brácteas tectrizes (Chukr 1992). No entanto, o holótipo apresenta brácteas escamiformes. Em função deste polimorfismo houve uma grande proliferação de taxa associados a intervalos da variação destes caracteres, não se
observando, no entanto, disrupturas desde os indivíduos de menor porte até aqueles de maior tamanho. No Estado de São Paulo a espécie apresenta todo o espectro de variação do caráter tamanho da bráctea tectriz, desde aquelas escamiformes até as que atingem 9,0 cm de comprimento. S. weirii não apresentou diferenças significativas em relação a S. vaginatum, especialmente na ausência de tricomas estaminais e no desenvolvimento de brácteas alternas no escapo. S. balansae também não apresentou diferenças signifi-cativas em relação a S. vaginatum, em especial na disposição das brácteas e na presença de tubo estaminal glabro. Situação idêntica foi observada em S. parviflorum e S. vaginatum subsp. minor através das análises dos holótipos e das descrições originais. Em função destes aspectos
são propostas as sinonimizações destes quatro táxons sob S. vaginatum.
Fonte: CHUKR, N. S. Iridaceae. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Instituto de Botânica, São Paulo, v. 3, p. 127-148, 2003.