Ervas 17– 38 cm alt.
Folhas 3–8 por planta, 15–30 × 0,4–0,6 cm, planas, lineares, cartáceas, margem espessa. Escapo 11–23 cm compr., plano, ápice portando duas brácteas lineares, planas, a primeira 2,5–16 × 0,3–0,5 cm, a segunda 3–11 × 0,3–0,5 cm.
Ripídios 3–5, congestos, subsésseis ou pedúnculos até 3,5 cm compr.; espatas 0,6–1 × 0,3–0,4 cm.
Flores amarelas; tépalas obovais, 1,5–1,6 × 0,5–0,8 cm, patentes, nervuras medianas evidentes, castanhovináceas, ápice agudo; filetes amarelos, 0,3–0,6 cm compr., unidos até 0,1–0,3 cm compr., glabros, anteras amarelas, sagitadas, 0,4–0,6 cm compr., recurvadas na maturidade; ovário 0,1–0,2 × ca. 0,2 cm, subgloboso, glabro, estiletes amarelos, 0,4–0,6 cm compr., unidos até 0,2–0,3 cm compr.
Cápsulas obovoides, ca. 0,4 × 0,5 mm; sementes 0,05–0,1 × 0,05–0,1 cm.
Ocorre nos estados da Bahia, Minas Gerais, São Paulo e Paraná (Eggers et al. 2016). E6, F6: campo rupestre e cerrado, na Chapada Diamantina, em altitudes entre 1000 e 1400 m. Floresce e frutifica em maio, julho e dezembro.
Sisyrinchium nidulare caracteriza-se pelas folhas e escapo planos, ápice do escapo portando duas brácteas, além de estames glabros, com anteras sagitadas. Tem sido erroneamente identificada como S. palmifolium L. (Chukr & Capellari Jr. 2003), que ocorre na Região Sul do Brasil, nos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul (Eggers et al. 2016). Sisyrinchium nidulare difere dessa espécie por apresentar porte menor, até 30 cm de altura (vs. até até 1,5 m alt.), margem da folha espessa (vs. delgada) e inflorescência congesta (vs. laxa).
Os exemplares coletados no estado da Bahia demonstram ainda variações quanto ao tamanho de algumas estruturas vegetativas, como hábito, folhas e escapo. Essas variações podem ser resultado de perturbações antrópicas constantes ao longo de sua distribuição.
Fonte: OLIVEIRA, P. N. de; GIULIETTI, A. M. OLIVEIRA, R. P. de. Flora da Bahia: Iridaceae. Sitientibus: Série Ciências Biológicas, Feira de Santana, v. 16, p. 1–38, 2016.