Ervas (0,5-)0,8-1(-1,5)m, rizoma vertical curto, 1,8-3cm diâm., catafilos fibrosos, castanho-alaranjados.
Folhas 37-42×(0,8-)1,5-2(-3)cm, linear-ensiformes, subcoriáceas, ápices agudos.
Inflorescências com 3-4 ripídios, fasciculados, pedunculadas, pedúnculos 5-13(-16)×0,2-0,3cm, bráctea basal (5-)5,5-6(-6,5)×0,7-1cm, séssil, lanceolada, ereta, brácteas florais 4-4,7×0,8-1cm, lanceoladas; escapo 40-72(-131)×0,8-1,3cm, ereto, com projeções laminares muito reduzidas, quase cilíndrico, bráctea tectriz 7,5-8(-15)×0,8-1(-1,2)cm, linear. Flores roxas ou azuis, tépalas externas 5,5-5,8×3,5-3,7cm., elípticas, patentes, coloração médio-apical azul ou roxa, tépalas internas 4,5×1,8-2cm, elíptico-panduriformes, coloração médio-apical azul-violácea com estrias azuis e duas manchas amarelas na zona de deflexão; filetes 5mm compr., anteras 10mm; hipanto 9×2-4mm, estiletes 15mm, trífidos, lacínios 5mm, lacínios deltóides.
Cápsula 1,5-2(-2,3)×1,2-1,5cm, oblongo-globosa, pericarpo liso; sementes 3mm diâm., hemisféricas ou poliédricas.
Ocorre nos Estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná. F4, F5: matas úmidas, campos naturais, campos de altitudes e áreas perturbadas. Floresce de outubro a março e frutifica a partir de dezembro a maio.
Ravenna (1988) propôs Trimezia caerulea subsp. rigida baseado no material F.C. Hoehne 833. Comparando-se esse espécime com T. caerulea (=Neomarica caerulea) verifica-se algumas semelhanças, como o padrão floral e a organização das inflorescências. Porém, este espécime e outros similares distinguem-se de N. caerulea por apresentarem escapos com projeções laminares muito reduzidas (quase cilíndricas), rizomas bastante curtos e
estiletes trífidos com ramos laterais curtos e deltóides. Por estas características são propostas a nova combinação e a
mudança de nível hierárquico de subespécie para espécie N. rigida.
Fonte: CHUKR, N. S. Iridaceae. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Instituto de Botânica, São Paulo, v. 3, p. 127-148, 2003.