Ervas 0,5-1m, rizomatosas, entrenós reduzidos.
Folhas 32-100×2-2,5cm, linear-ensiformes, ápices agudos.
Inflorescências 1-3, pedunculadas, pedúnculos 3,2-4×0,5cm, curvos ou retos, bráctea basal 8,5-10×1-1,2cm, lanceolada, pedunculada, pedúnculo da bráctea basal 1-6,5×0,2-0,4cm, brácteas florais lanceoladas; escapo 35-40×0,5-1,5cm, bráctea tectriz 4,4-6,5×1,3-4,5cm, linear ou linear-ensiforme. Flores amarelas, tépalas externas 3-4×1,5-1,8cm, elípticas, patentes, coloração amarelo intenso, ápices agudos, coloração médio apical amarela, tépalas internas 2-2,5×0,6-0,8cm, panduriformes, coloração médio-apical branca portando estrias azuis; filetes 3mm, anteras 7-13mm; hipanto 6-10×1mm, estiletes 1cm, bífidos, lacínios 2mm, deltóides.
Cápsula 3,5-4×1-1,5cm, oblonga, verrucosa; sementes 5×4mm, oblongas, poliédricas.
Ocorre desde a Venezuela até o Estado do Paraná. G6: em matas úmidas e restingas. Coletada com flores de janeiro a maio e frutos em outubro.
Marica humilis foi descrita por Loddiges (1825), baseando-se em material cultivado em Londres e proveniente do Brasil. Esse nome, entretanto, é ilegítimo por ser homônimo posterior a M. humilis Roem. & Schult. (1817). Klatt (1862) transferiu a espécie para Cypella humilis e esse passou a ser o basiônimo da espécie, segundo o conceito deste autor de sinonimizar o gênero Marica (=Neomarica) a Cypella. Assim, é proposta uma nova combinação para o nome desta espécie no presente trabalho: Neomarica humilis (Klatt) Capellari Jr. Espécie bastante semelhante a N. longifolia (Link & Otto) Sprague, diferenciando-se por apresentar os pedúnculos de inflorescência menores e em menor número.
Fonte: CHUKR, N. S. Iridaceae. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Instituto de Botânica, São Paulo, v. 3, p. 127-148, 2003.