Ervas 0,5–0,7 cm alt.; rizoma vertical subterrâneo, recurvado, 0,5–0,8 cm diâm.
Folhas 5–8 por planta, 36–45 × 0,5–1 cm, ensiformes. Escapo 38–50 × 0,3–0,5 cm, ultrapassando as folhas em comprimento, projeção da nervura conspícua; primeira bráctea de largura igual ou maior que o escapo, 6,5–16 × 0,4–1 cm, lanceolada. Ripídios 1 ou 2, laxos; pedúnculo 2–2,5 cm; segunda bráctea 2,4–3 × 0,4–0,6 cm, ereta ou
patente, navicular, com projeção alada inconspícua e pedúnculo de 2–4 cm compr.; espatas 3–3,2 × 0,5–0,8 cm.
Flores brancas; tépalas externas elípticas, 2–2,5 × 0,8–1 cm, patentes, ápice arredondado, base amarelada com estrias castanhas; tépalas internas obovaloblongas, 1,5–1,8 × ca. 0,5 cm, ápice arredondado, região mediano-apical com margens amareladas e estrias castanhas, ápice com grande mácula castanha, triangular; filetes castanhos, ca. 0,4 cm compr., anteras verdes, ca. 0,4 cm compr.; ovário ca. 0,6 cm compr., estiletes amarelos, ca. 1,2 cm compr., unidos até ca. 0,8 cm compr., ramos trífidos, cristas longo-triangulares, ápice agudo, as laterais ca. 0,3 cm, a central ca. 0,2 cm.
Cápsulas não vistas.
Ocorre nos estados da Bahia e Espírito Santo, em vales e encostas de mata atlântica ombrófila, sempre relacionada a margens de cursos d’água (Oliveira et al. 2016). E8: mata ciliar. Floresce em maio.
Neomarica castaneomaculata diferencia-se das demais espécies do gênero pelas flores com uma mácula castanha de aspecto triangular no ápice das tépalas internas. É facilmente reconhecida pelas folhas estreitas, com 0,5–1 cm de largura, escapo ultrapassando as folhas em comprimento, inflorescência laxa, tépalas externas com região mediano-apical branca e ausência de máculas amarelointensas na base do terço superior das tépalas internas.
Fonte: OLIVEIRA, P. N. de; GIULIETTI, A. M. OLIVEIRA, R. P. de. Flora da Bahia: Iridaceae. Sitientibus: Série Ciências Biológicas, Feira de Santana, v. 16, p. 1–38, 2016.