Iridaceae – Neomarica caerulea

Ervas (0,8-)1-1,5(-2)m, raízes 2-4mm, espessadas, rizomas bastante desenvolvidos, 1,5-3cm diâm., catafilos fibrosos,
alaranjados.

Folhas (11,5-)30-50(-65)×(0,7-)1,5-3,5(-4)cm, linear-ensiformes, ápices agudos.

Inflorescências (1-)3-4(-5), ripídios fasciculados, pedunculadas, pedúnculos (2-)5,5-11(-16)×0,1-0,5cm, cilíndricos, eretos ou ligeiramente flexuosos, bráctea basal séssil, 5-13,5×0,3-1,5cm, lanceolada, ereta, brácteas florais 3,5-5×0,5-1cm, lanceoladas; escapo 45-90(-105)×0,5-2cm, com projeções laminares amplas, bráctea tectriz 8-50×0,7-3,5cm, linear. Flores azuis ou lilases, tépalas externas 5-7,5×3-4cm, elípticas, patentes, portando estriações ferrugíneas à base, região médio-apical azul ou roxa, tépalas internas 5-5,5×1,5-2cm, oblongopanduriformes, estriações ferrugíneas à base, região médioapical portando faixa central branca e estriações vináceas; filetes ca. 7mm compr., anteras 1-1,2cm; hipanto 7-10×2mm, estiletes 1-1,8cm, trífidos, azul-lilases, lacínios triangulares (râmulos centrais longo-triangulares).

Cápsula 3-5×1-1,5cm, oblonga, lisa; sementes 3-5×3mm, hemisféricas comprimidas, testa ondulada.

Ocorre nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina, alcançando o Paraguai. E7, G6: na Serra do Mar, campos e matas de Araucária. Coletada com flores de setembro a março e frutos de outubro a maio. Rizoma utilizado como infusão contra sífilis e vermífugo. Muito empregada em paisagismo.

Espécie próxima a N. rupestris (Ravenna) Chukr e N. rigida (Ravenna) Capellari, diferenciando-se da primeira pela presença de rizoma, em vez de cormo, e da segunda pelos escapos com projeções laminares desenvolvidas, em vez de escapos quase cilíndricos.

Fonte: CHUKR, N. S. Iridaceae. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Instituto de
Botânica, São Paulo, v. 3, p. 127-148, 2003.

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