Gesneriaceae – Sinningia elatior

Ervas, 0,4-1,0 m alt., simples; internós 2,6-6,0 cm compr.

Folhas 3-verticiladas, não-peltadas; sésseis ou pecíolo até 0,2 cm compr.; lâminas (2,8-)4,0-7,5×1,1-2,6 cm, lanceoladas, estreitamente elípticas a elípticas, ápice agudo, base aguda ou obtusa, margem crenada, face adaxial pubescente com tricomas tectores, face abaxial verde a marrom, tomentosa com tricomas tectores.

Cimeira com 1 flor na axila de bráctea verticilada, pedúnculo ausente; pedicelo 0,8-2,3 cm compr.; cálice 0,8-1,0 cm compr., face externa tomentosa com tricomas tectores, face interna pubescente com tricomas tectores, lacínios lanceolados a ovais; corola cilíndrica com base 5-gibosa, ligeiramente constricta próximo à base, rosa-alaranjada, salmão, vermelho-pálida ou creme com máculas vermelhopálidas, face externa pubescente com tricomas tectores, face interna glabra, 3,7-4,2 cm compr., base 0,3-0,5 cm diâm., fauce 0,8-1,0 cm diâm., lacínios desiguais, 2 superiores maiores 0,4-0,6 cm compr.; estames exsertos, às vezes apenas atingindo a fauce, filetes 3,5-3,7 cm compr., estaminódio presente; nectário formado por 2 glândulas conadas maiores na face adaxial e 2 laterais isoladas e 1 na face abaxial menores; ovário súpero, fusiforme.

Fruto fusiforme, assimétrico, 1,5-1,9×0,6-0,7 cm.

Tem ampla distribuição, encontrando-se da Venezuela à Argentina e, no Brasil, ocorre em Roraima, Mato Grosso, Amapá, Maranhão e da Bahia ao Rio Grande do Sul (Chautems 1993). É encontrada praticamente ao longo de toda a área de estudo, em áreas alagadas, base de paredões rochosos e, mais raramente, em campo rupestre seco, ocasionalmente ocorre em áreas perturbadas. Foi coletada com flores e frutos em janeiro e fevereiro e com flores em março. De acordo com Hanstein (1864), Gesneria sceptroides Hanst., G. sceptrum Mart., G. stricta Hook., G. chelonioides Kunth e G. elatior Kunth formariam uma seção. Wiehler (1978) incluiu G. chelonioides Kunth na sinonímia de S. incarnata (Aubl.) Denham e Chautems (1990) incluiu G. sceptroides, G. stricta e G. elatior na sinonímia de Sinningia elatior. Portanto, das três espécies reconhecidas desta seção (S. incarnata, S. elatior e S. sceptrum), apenas S. incarnata não ocorre na área do presente estudo. Sinningia elatior e S. sceptrum são facilmente
confundidas em campo e também no material herborizado, mas podem ser diferenciadas de acordo com os caracteres da tabela 2.

Fonte: ARAÚJO, A. O.; SOUZA, V. C. & CHAUTEMS, A. Gesneriaceae da Cadeia do Espinhaço de Minas Gerais, Brasil. Rev. Brasil. Bot., v. 28, n. 1, p. 109-135, jan.-mar. 2005.

Deixe um comentário