Gesneriaceae – Sinningia brasiliensis

Ervas, 0,6-2,0 m alt., às vezes ramificadas (com ramos laterais); internós 1,6-4,7 cm compr.

Folhas opostas, às vezes 3-4-verticiladas e então com pelo menos uma das folhas menor que as demais, nãopeltadas; pecíolo 0,5-3,8 cm compr.; lâminas 6,0-8,9×1,6-3,0 cm, ovais a elípticas, ápice acuminado, base cuneada ou atenuada, margem denteada, face adaxial pubescente, face abaxial verde, pubescente, mais densamente pubescente na nervura principal, às vezes esparsamente pubescente entre as nervuras, em ambas as faces com tricomas tectores intercalados com tricomas capitados longos e subsésseis.

Cimeira com 1 flor na axila de cada bráctea, séssil ou pedúnculo até 0,1 cm compr.; pedicelo 3,1-4,3 cm compr.; cálice
0,6-0,8 cm compr., pubescente interna e externamente, mais densamente em direção à base na face externa com tricomas capitados longos intercalados com subsésseis e tectores em ambas as faces, às vezes apenas tricomas capitados subsésseis na face externa, lacínios ovais; corola cilíndrico-campanulada com base 5-gibosa, ligeiramente constricta próximo à base, amarelo-esverdeada passando a creme, com pintas vináceas na face externa, face externa pubescente, com tricomas semelhantes aos foliares, face interna glabra, 3,0-3,9 cm compr., base 0,7-1,0 cm diâm., fauce 1,4-2,5 cm diâm., lacínios desiguais, 2 superiores maiores e diferentes dos demais 1,3-1,5 cm compr.; estames
ultrapassando a fauce e os três lacínios menores mas não os dois maiores, filetes 3,1-4,0 cm compr., estaminódio presente; nectário em forma de anel 5-lobado com todas as glândulas conadas, lobos achatados, quase foliáceos; ovário súpero, largamente oval.

Fruto ovóide, ligeiramente assimétrico, 0,5-1,3×0,3-0,9 cm.

Distribui-se do sul da Bahia ao Rio de Janeiro (Wiehler & Chautems 1995). Na área de estudo, ocorre na região Norte, sendo encontrada em afloramento ou paredão rochoso. Foi coletada com flores em março e com frutos em janeiro. É distinta das outras espécies do gênero encontradas na área do presente estudo pela coloração da corola, amarelo-esverdeada passando a creme, semelhante a de algumas espécies de Paliavana. Nas outras espécies, a corola geralmente é vermelha a alaranjada.

Fonte: ARAÚJO, A. O.; SOUZA, V. C. & CHAUTEMS, A. Gesneriaceae da Cadeia do Espinhaço de Minas Gerais, Brasil. Rev. Brasil. Bot., v. 28, n. 1, p. 109-135, jan.-mar. 2005.

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