Subarbustos, ca. 2 m alt.; internós 1,7-6,2 cm compr.
Folhas opostas; pecíolo 0,2-0,5 cm compr.; lâminas 3,1-6,7×1,2-1,9 cm, ovais a elípticas, ápice atenuado ou agudo, base aguda, margem serreada, pubescente em ambas as faces com tricomas tectores, às vezes intercalados com tricomas capitados subsésseis na face adaxial.
Cimeira com 1-2 flores na axila de folhas, pedúnculo ca. 0,2 cm; pedicelo 0,7-1,0 cm compr.; cálice verde ou avermelhado, 1,9-2,5 cm compr., pubescente com tricomas tectores em ambas as faces, lacínios subulados; corola
campanulada, inflada na base, ligeiramente constricta e expandindo-se gradualmente em direção aos lacínios, púrpura com pintas vermelhas internamente, face externa pubescente, face interna glabra a esparsamente pubescente com tricomas tectores em ambas as faces, 3,8-4,0 cm compr., base 0,4-0,5 cm diâm., fauce 1,3-1,7 cm diâm., lacínios desiguais, maiores 0,3-0,7 cm compr., 1 inferior glabro e outro pubescente (os dois maiores), 1 lateral glabro e outro pubescente e o superior glabro; estames inclusos, filetes 2,0-2,3 cm compr.; nectário formado por 5
glândulas iguais entre si, não-unidas; ovário súpero, ovóide, pubescente.
Fruto castanho, ovóide, simétrico, com cálice encobrindo-o totalmente, 0,8-1,0×0,8-1,0 cm.
Distribui-se por Minas Gerais (Cadeia do Espinhaço e Serra do Caparaó) e Espírito Santo (Caparaó e Venda Nova) (Chautems 2002). Na área de estudo, ocorre na região do Planalto Diamantina, sendo encontrada em campo rupestre e mata. Foi coletada com flores e frutos em fevereiro e abril. Martius (1829) incluiu essa espécie em Gloxinia baseado no cálice roliço e flor grande e púrpura. A descrição feita por Martius (1829) referiu a presença de tubérculo nessa espécie e, provavelmente, foi por esse motivo que Hanstein (1864) transferiu esse táxon para o gênero Ligeria Decne. (gênero com espécies de ervas com tubérculo). Porém, segundo Chautems (2002) não há tubérculo nesta espécie e ela foi incluída em Paliavana.
Fonte: ARAÚJO, A. O.; SOUZA, V. C. & CHAUTEMS, A. Gesneriaceae da Cadeia do Espinhaço de Minas Gerais, Brasil. Rev. Brasil. Bot., v. 28, n. 1, p. 109-135, jan.-mar. 2005.