Subarbustos, arbustos ou raramente ervas, rupícolas, 0,3-1,5 m alt.; internós 0,3-2,2 cm compr.
Folhas com pecíolo 0,1-0,7 cm compr.; lâminas 1,5-5,5×0,7-2,1 cm, ovais, elípticas a obovais, ápice agudo, raramente obtuso ou acuminado, base obtusa, raramente atenuada, margem inteira, face adaxial esparsamente pubescente a densamente tomentosa, face abaxial pubescente a tomentosa, verde, com tricomas tectores em ambas as faces.
Cimeira com 1(-2) flores na axila das folhas; pedicelo 0,2-0,8 cm compr.; cálice verde, raramente verde-avermelhado,
0,6-1,3 cm compr., pubescente em ambas as faces, lacínios ovais a lanceolados; corola com parte cilíndrica curta, giba pronunciada voltada para baixo e fauce estreita, alaranjada a vermelho-alaranjada com limbo amarelo, face externa pubescente, face interna esparsamente pubescente, 1,2-2,8 cm compr., base cilíndrica 0,4-0,6 cm compr. e ca. 0,4 cm diâm., fauce ca. 0,4 cm diâm., lacínios iguais, 0,3-0,4 cm compr.; estames com filetes 1,1-1,5 cm compr.; ovário ovóide, pubescente.
Fruto maduro verde, arredondado, 0,5-0,7×0,4-0,7 cm.
Nematanthus strigillosus é endêmica de Minas Gerais (Chautems 1988). Na área de estudo, ocorre nas regiões do Planalto de Diamantina, da Serra do Cipó e do Sul, sendo encontrada em campo rupestre, canga ou mais raramente na mata. Foi coletada com flores e frutos praticamente ao longo de todo o ano. Martius (1829) diferenciou Hypocyrta hirsuta e H. strigillosa apenas pelo indumento das folhas, considerando esses dois táxons muito próximos.
A maioria dos nomes utilizados como sinônimos de N. strigillosus por Chautems (1984, 1988) foram diferenciados com base no indumento das folhas, porém a morfologia floral idêntica faz com que esses táxons sejam considerados
como sinônimos. Portanto, a delimitação de N. strigillosus utilizada no presente estudo é a mesma de Chautems (1988).
Fonte: ARAÚJO, A. O.; SOUZA, V. C. & CHAUTEMS, A. Gesneriaceae da Cadeia do Espinhaço de Minas Gerais, Brasil. Rev. Brasil. Bot., v. 28, n. 1, p. 109-135, jan.-mar. 2005.