Fabaceae – Tephrosia domingensis

Subarbustos eretos, decumbentes ou escandentes; ramos lisos ou estriados, glabrescentes.

Folha 3-9(13)-foliolada; estípulas 2-7mm, lanceoladas, velutinas ou glabrescentes, decíduas; pecíolo 6-15mm, sulcado, velutino a glabrescente; raque 2-7cm, sulcada, pubescente a glabrescente; peciólulo menor que 2mm, liso, velutino; folíolos 12-29×3-6mm, comprimento do folíolo terminal menor que 1,2 vezes o do folíolo basal, todos lineares, ápice do folíolo terminal obtuso, dos laterais agudo ou obtuso, mucronulados, base aguda, concolores, face adaxial glabra, abaxial velutina ou serícea, ângulo de divergência das nervuras secundárias 24-34º próximo ao ápice.

Pseudorracemo axilar e terminal, laxo, 10-30 flores, 2 por nó; raque estriada, 6-30cm, velutina a glabrescente. Flores
com pedicelo ca. 3mm, velutino a glabrescente; cálice campanulado, velutino, lacínias 5, 2-3mm, lanceoladas, as vexilares fundidas até a metade; pétalas lilases, estandarte orbicular, ca. 5mm, emarginado, velutino ou seríceo, unguiculado, asa e pétalas da quilha semelhantes no comprimento ao estandarte, glabras, unguiculadas; androceu diadelfo ou monadelfo, porção livre dos filetes ca. 1/3 do comprimento; ovário 7-ovulado, velutino; estilete encurvado 45° em direção ao estandarte, glabro; estigma penicilado ou não.

Legume 25-45×3-4mm, linear, papiráceo, pubescente a glabrescente, cálice persistente; sementes 4-7, 2-3×1mm, reniformes, castanhas, testa dura, hilo central e circular, arilo pouco conspícuo.

Tephrosia domingensis ocorre na Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai, Peru e Venezuela, em cerrado, savana, chaco, llanos e em bosques secos, onde é encontrada principalmente no subosque (Queiroz 2012). No Brasil está distribuída na Bahia, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Piauí, Roraima e São Paulo (Queiroz & Tozzi 2014). B4, B6, C5, C6, D5: cerrado, pastagens e áreas perturbadas. Coletada com flores e frutos em abril, maio e setembro.

Distingue-se das demais espécies por seus ramos e frutos glabrescentes, sua grande variação no ápice dos folíolos e por suas flores menores do que 6mm de comprimento.

Fonte: TOZZI, A. M. G. de. A. Subfamília Papilionoideae. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Instituto de Botânica, São Paulo, v. 8, p. 167-397, 2016.

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