Árvores, raramente arbustos, 1,3-8m; tronco acinzentado; ramos lenticelados, suberosos, glabros a pubescentes.
Folhas V-XIII/6-10; pecíolos 3-7,5cm, nectário extrafloral verruciforme na região basal; raque ferrugíneo-pulverulenta, 1-2 nectários extraflorais globosos, abaixo dos últimos pares de foliólulos distais; foliólulos 6-25×2-19mm, obovados, rômbicos a oblongos, ápice arredondado, raramente retuso, base oblíqua, cartáceos, geralmente discolores, glabros em ambas as faces, raramente com ambas as faces pilosas, margem lisa, revoluta na base.
Espiga 7,3-17,2cm; pedúnculo 7,3-17,2mm, ferrugíneo-pulverulento, pubérulo; raque pilosa a pubescente, lenticelas claras. Flores alvas a amareladas; cálice 0,7-0,9mm, glabro, ápice das lacínias ciliado; corola 2,2-3,2mm, glabra; filetes 3,5-4,7mm, glabros, anteras com glândula apical estipitada; ovário 1-1,4mm, glabro a alvo-pubescente, estilete 1,4-3,3mm, glabro, estigma com poro apical.
Legume nucoide 6,1-11,2×1-1,5cm, curvo, compresso, sementes salientes, pulverulento, castanho; sementes 7×5,5mm, ovais, castanhas.
Ocorre na Bolívia, Paraguai e Brasil, onde se distribui pelos estados do Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, Maranhão, Bahia, Tocantins (Occhioni-Martins 1990). B3, B4, C5, C6, D3, D4, D5, D6, E4, E5: campo e cerrado. Coletada com flores de setembro a fevereiro e com frutos de abril a agosto.
Scalon (2007) sugeriu a sinonimização desta espécie com Stryphnodendron rotundifolium e, em estudo que aborda as espécies do nordeste, sudeste e sul do Brasil, Occhioni-Martins (1974) já ressaltava serem duvidosas as relações de afinidade entre estes dois táxons, uma vez que podem se tratar apenas de variações da mesma espécie. Até o presente momento esta mudança nomenclatural não foi formalizada, não sendo, portanto, considerada neste trabalho.
Stryphnodendron obovatum distingue-se por possuir foliólulos menores, quando comparado a S. adstringens, e frequentemente discolores, com a face abaxial de cor pálida ou amarronzada. Assim como nesta última, também foram observadas flores monoclinas e diclinas estaminadas nos materiais analisados.
Fonte: TAMASHIRO, J. Y. & ESCOBAR, N. A. G. Subfamília Mimosoideae. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Instituto de Botânica, São Paulo, v. 8, p. 84-166, 2016.