Subarbustos eretos, 90cm; ramos angulosos, glabros.
Folhas 21-30cm, 8-39 pares de folíolos; estípulas 5-8mm; pecíolo 7-8mm; raque terminando ou não em múcron;
folíolos 1-4×0,3-1cm, linear-oblongos, ápice obtuso a arredondado, base levemente assimétrica, cuneada ou arredondada, glabros em ambas as faces.
Inflorescência em racemo, 2,5-15cm, geralmente menor do que as folhas adjacentes, flores 1-6. Flores amarelas, com pontuações e manchas vináceas, 2,1-3,5cm; pedicelo 0,9-1,5cm; cálice 7-9mm, glabrescente, lacínias triangulares, acuminadas; estandarte 2-2,2×1,8cm, suborbicular, com apêndices basais, glabro, alas 1,5-2,2cm, oblongas, foveoladas, auriculadas, glabras, pétalas da quilha 1,8-2,2cm, obovais, auriculadas, glabras; ovário 1,5cm, glabro.
Legume 15,5-26×0,3-0,4cm, cilíndrico, glabro, 19-35-seminado; sementes 4-5×2mm, oblongas, castanho-escuras.
Antilhas e América do Sul; encontrada em todas as regiões do Brasil. D5, D6, D7, D8, E6, E8: em campos úmidos, próximo de locais alterados, ou cultivada. Coletada com flores de fevereiro a outubro e com frutos em fevereiro, abril e outubro.
Espécie bastante relacionada a Sesbania oligosperma Taub., que segundo Monteiro (1994) apresenta as alas estreitas e ausência de aurícula na pétala da quilha (ou aurícula muito reduzida). Analisando o único material identificado como S. oligosperma (Monteiro 1994) disponível nos herbários paulistas (Camargo 1), não foi possível distingui-lo de S. exasperata. Desta forma, são necessários estudos mais aprofundados para confirmar se as mesmas são realmente espécies distintas.
White (1980) mencionou a necessidade de uma monografia de Sesbania para melhor esclarecer as relações entre S. exasperata, S. emerus e espécies afins.
Fonte: TOZZI, A. M. G. de. A. Subfamília Papilionoideae. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Instituto de Botânica, São Paulo, v. 8, p. 167-397, 2016.