Fabaceae – Senna macranthera

Arbustos a árvores, 1,6-12m; ramos em geral densamente pubescentes, raramente glabrescentes.

Pecíolo (1,1-)2-5,8cm, sempre mais longo que a raque foliar; raque (0,8-)1,4-3,4(-4)cm; estípula linear; nectários extraflorais inseridos apenas entre o par basal de folíolos ou também no ápice da raque foliar ou adaxialmente entre o par apical; folíolos 2 pares, par basal ovalado a elíptico, raramente oboval ou lanceolado, par apical ovalado a oboval ou oval-elíptico, raramente lanceolado, (2,8-)4,5-14×1,4-6cm, ápice agudo a acuminado, base assimétrica, lado maior arredondado, face adaxial glabra a pubescente, abaxial pubescente, raramente subglabra.

Inflorescência em panícula multiflora, menos frequentemente racemos agrupados no ápice dos ramos; bráctea ovalada a oval-elíptica, 3-5×2-3mm, pouco conspícua. Flores pediceladas, pedicelo 1,7-5,3cm; sépalas desiguais ou
subiguais, 3-8mm; corola amarela, assimétrica, pétalas 17-45mm; estames 7, maiores 3, menores 4; estaminódios 3.

Legume linear, cilíndrico, raramente achatado, corrugado, reto ou levemente arqueado, (10-)14-44cm, pubescente ou
glabrescente quando imaturo.

Distribui-se da Venezuela até a Bolívia, e pelas regiões Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste do Brasil até o Paraná. B6, D1, D2, D5, D6, D7, D8, E6, E7, E8, E9: floresta de restinga, cerrado, cerradão, floresta secundária de mata atlântica, floresta estacional, frequentemente em borda. Coletada com flores de outubro a abril e com frutos de fevereiro a agosto.

Irwin & Barneby (1982) reconheceram oito variedades para esta espécie, baseando-se principalmente em dimensões do cálice, do folíolo e do fruto, além em indumento das folhas e hábito. Para o estado de São Paulo foram referidas por estes autores S. macranthera var. macranthera e S. macranthera var. nervosa (Vogel) H.S. Irwin & Barneby. A primeira variedade possui folhas estrigosas com tricomas adpressos, enquanto que a segunda variedade possui folhas densa e suavemente pilósulas com tricomas difuso-incumbentes. O material examinado para o presente trabalho não corrobora a delimitação proposta para estas variedades e, por esta razão, optou-se por não separá-lo em variedades.

Fonte: TOZZI, A. M. G. de. A. Subfamília Caesalpinioideae. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Instituto de Botânica, São Paulo, v. 8, p. 22-83, 2016.

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