Árvores até 20m; caule suberoso na base; ramos terminais cilíndricos, raro angulares, esparsamente puberulentos.
Folhas com pecíolo (1-)2-3,5cm e raque (7,5-)14-22,5cm, ambos esparso-puberulentos; folíolos (8-)13-17(-19), sésseis, simétricos, cartáceos a coriáceos, (2-)3,2-7,2×2,5-2,7(-3,6)cm, os terminais pouco maiores que os basais, elípticos a oblongos, ápice agudo a obtuso, emarginado, margem inteira, base assimétrica, cuneada a obtusa, glabros.
Inflorescência em racemos de aspecto amentiforme, sésseis, raque 2-7cm, raro racemos isolados, denso-pubescentes. Flores com sépalas desiguais, ovais a oblongos, 1,2-1,5×0,8-1,2mm, ápice obtuso a arredondado, apical e externamente pubescentes; pétalas oblongas a oboval-oblongas, 2-2,7×0,5-0,8mm, ápice obtuso; filetes 3-3,6mm, esparso-pilosos na base, apicalmente afilados, anteras bitecas, rimosas, dorsifixas, elípticas, 3-4×3-4mm; ovário (1,2-)1,5-1,6×(0,7-)0,9-1,1mm, hirsuto, óvulo 1.
Fruto sâmara, 3,5-5,5×4-5cm, asa papirácea a cartácea, glabra; núcleo seminífero oval, semente 1,7-2,3×1-1,1cm.
No Brasil, Pterogyne nitens ocorre nas regiões Norte (Amazonas), Nordeste (Maranhão, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Bahia), Centro-Oeste (Mato Grosso, Mato Grosso do Sul), Sudeste (Minas Gerais,
Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo) e Sul (Paraná), em caatinga, cerrado, mata atlântica (Lima 2014). B2, B4,
C3, C4, C5, C6, D1, D2, D3, D4, D5, D6, D8, E7: mata, mata mesófila semidecídua, mata de planalto, capoeira de terra firme, remanescente de mata, beira de estrada. Coletada com flores de setembro a abril; com frutos de fevereiro a outubro. Pterogyne nitens fornece madeira para marcenaria, móveis, acabamentos de interiores, torneados, assoalhos, dormentes ferroviários e tanoaria (Lewis 2005).
Fonte: TOZZI, A. M. G. de. A. Subfamília Caesalpinioideae. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Instituto de Botânica, São Paulo, v. 8, p. 22-83, 2016.