Trepadeira, ca. 4m, caule volúvel, escandente, glabro a pubescente.
Folhas 4-folioladas, glabras e pubescentes; estípulas 3-5×1-2mm, lanceoladas, geralmente decíduas; estipelas 1–4×0,3–1mm, lineares a lanceoladas; folíolos membranáceos, obovais a orbiculares, 1-3,2×1-2,5cm, ápice obtuso-arredondado, mucronulado, base obtusocuneada a agudo-cuneada, margem crenada a lisa.
Inflorescência racemosa, pauci- a multiflora, axilar. Flores amarelas, até 1×1cm; cálice 3-4mm, campanulado, 5-lobado, glândulas presentes, lobos 2–3mm, geralmente pubescentes; estandarte 4–9×5–10mm, orbicular, ápice
arredondado, glândulas presentes, glabro, unguícula 2mm; asas 4×2mm, obovais a espatuladas, livres ou às vezes conatas pela porção superior ou vexilar, glabras a pubescentes, rugoso-plissadas entre as nervuras do terço médio-superior, aurículas presentes, unguículas ca. 2mm, glândulas presentes; pétalas da quilha 4–5×2–3mm, falcadas, as margens conatas até próximo a base, glabras, aurículas presentes; unguículas ca. 1–3mm, glândulas presentes.
Ovário com 2–6 óvulos, breve-estipitado.
Lomento 2–6-articulado, 1-3×0,4cm, glabro a pubescente, glândulas presentes, artículos em forma de ampulheta,
elípticos, oblongo-elípticos, elipsoides, 2-8×2-4,5mm, lisos a verrucoso-tuberculosos, glabros a pubescentes; sementes 2–2,5×1,5–2mm, testa lisa.
Espécie encontrada no México, América Central, Grandes Antilhas, América do Sul (Venezuela, Peru, Equador, Colômbia, Bolívia e Brasil). No Brasil ocorre nos estados do Ceará, Pernambuco, Paraíba, Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Goiás (Muller 1984; Lima 2012). É considerada criticamente em perigo de extinção por que após 57 anos foi coletada novamente em 1995, em Pedregulho. D6, E4 e E7: ambientes campestres, ruderais e marginal às formações arbóreas. Floresce e frutifica de janeiro a dezembro.
Fonte: TOZZI, A. M. G. de. A. Subfamília Papilionoideae. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Instituto de Botânica, São Paulo, v. 8, p. 167-397, 2016.