Fabaceae – Platypodium elegans

Árvores 4–20m, até 100cm dap; casca cinza ou marrom, fissurada longitudinalmente; ramos jovens tomentosos ou glabros.

Folhas 12–19-folioladas; estípulas estreitamente triangulares; pecíolo 1,2–2cm; raque 10–17cm, pubescente; folíolos (1,5–)3–4,5(–6)×(0,8–)1–2,2(–2,5)cm, elípticos ou oblongos, base arredondada, ápice levemente emarginado com múcron central, coriáceos, face adaxial glabra, lustrosa, exceto nervura central tomentosa, face abaxial tomentosa; venação craspedódroma, nervuras secundárias paralelas; peciólulo 1–4mm.

Inflorescência tipo racemo, 9–13cm; pedúnculo 2–3cm; 10–20 flores por racemo; brácteas ovais, 3–4×2mm. Flores 22–23mm; pedicelo 5–8mm, pubescente; bractéolas ovais, 1–2×0,5–0,75mm; cálice 11–12mm, glabro, lobos vexilares 2, 2,5–3mm, lobos carenais 3, 2–3mm; estandarte 20–21×18–20mm; asas 18–19×9–10mm; pétalas da quilha 15–16×6–7mm; filetes 11–12mm; ovário estipitado, pubescente ao longo da margem abaxial.

Sâmara 6–8cm, lustrosa, núcleo seminífero 15–20×10–15mm, distal, duro, ala 35–50×20–25mm, proximal, estriada, estipe 10mm; semente 1–1,5×0,5mm.

Platypodium elegans é a espécie com mais ampla distribuição dentro do gênero (Panamá, Colômbia, Venezuela, Brasil, Bolívia e Paraguai). B2, B3, B4, C2, C3, C5, C6, C7, D1, D3, D4, D5, D6, D7, E4, E6: cerrado de terras baixas, várzea, mata seca, mata de encosta, mata seca semidecídua, floresta mesófila. Ocorre desde o nível do mar até ca. 650m de altitude. Coletada com flores de agosto a dezembro; com frutos maduros em junho, agosto e novembro. A espécie é usada como madeira de construção, para móveis, ferramentas e como árvore ornamental em ruas e jardins.

Para o gênero Platypodium foram descritas quatro espécies e três táxons infraespecíficos. Com exceção de P. maxonianum Pittier, que ocorre na Colômbia, Panamá e Venezuela, e P. elegans var. glabrescens Chodat & Hassl.,
proveniente do Paraguai, todos os demais nomes são de plantas predominantemente do Brasil, que têm problemas
relativos à sua delimitação. Depois de estudar ca. 100 exemplares de Platypodium dos herbários BM, ESA, K, SP, SPF, SPSF e UEC, concluiu-se que não existem no sudeste do Brasil unidades taxonômicas discretas às quais possam ser aplicados os nomes P. viride e P. grandiflorum. Esses nomes são, em consequência, considerados sinônimos de P. elegans.

Fonte: TOZZI, A. M. G. de. A. Subfamília Papilionoideae. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Instituto de Botânica, São Paulo, v. 8, p. 167-397, 2016.

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