Fabaceae – Plathymenia reticulata

Árvore ca. 4-25 m alt., inerme; tronco suberoso com fendas longitudinais, acinzentado ou com placas retangulares revolutas, cinza esbranquiçado; ramos glabros a pubérulos, lisos, lenticelados ou estriados.

Folhas (5-)6-11-jugas, pecíolo, raque e ráquilas glabros a pubérulos; pecíolo 2-4,9 cm compr.; raque 9,8-19,5 cm
compr.; ráquila 4,3-7,3 cm compr., opostas a subopostas; 14-26 pares de foliólulos 8-19 mm compr., 4-10 mm larg.,
alternos a (sub)opostos, isométricos, elípticos, ápice arredondado, retuso, base oblíqua, arredondada, par distal oboval, membranáceos a cartáceos, discolores, venação pinada, nervura central proeminente na face abaxial, glabros, com exceção de tufo de tricomas na base da nervura central na face abaxial. Racemos 8,3-11 cm compr., 0,9-1 cm larg.; pedúnculo 1,3-2,4 cm compr., glabro a pubérulo; brácteas florais não observadas, caducas; flores pediceladas; pedicelos 0,4-0,8 mm compr., glabros a pubérulos; cálice 1,4-1,6 mm compr., campanulado, glabro a pubérulo, lobos 0,3-0,4 mm compr., 0,5-0,7 mm larg., triangulares, uninérveos, creme; corola campanulada, pétalas 2,9-4 mm compr., 0,5-1 mm larg., unidas na base ca. de 0,5 mm, lanceoladas, glabras a pubérulas, uninérveas, creme; filetes 6,1-7,2 mm compr., alvos, glabros; anteras ca. 0,6 mm, glabras, glândula apical ca. 0,2 mm diâm., globosa, pedicelada, glabra; ovário 1,2-1,8 mm compr., elipsóide, velutino a lanoso; estipe 1-1,2 mm compr.; glabro; estilete
2-2,5 mm compr., piloso a velutino, rosado; estigma em poro apical, glabro.

Fruto criptolomento, 13,2-18 cm compr., 2,4-3,8 cm larg., estreito-oblongo, planocompresso, ápice arredondado, cuspidado, base largo-cuneada, cartáceo, marrom, glabro, valvas lustrosas; segmentos mediais do endocarpo 0,7-1,1 mm compr., 2,3-2,45 mm larg, membranáceos; sementes 4-12, 6,7-7,5 mm compr., 4,7-5,7 mm larg., glabras.

Na Serra do Cipó, Plathymenia reticulata ocorre em cerrado de solo argiloso, arenoso-pedregoso, de encosta ou cercado por campo rupestre transicional e na floresta estacional semidecidual da encosta leste. Coletada com flores em outubro e dezembro e com frutos entre fevereiro e maio.

Os nectários extraflorais, laterais às inserções foliares, podem ser de difícil visualização em alguns materiais herborizados, em especial naqueles provenientes de áreas florestais, mas são claramente evidentes em materiais do cerrado. Em campo é freqüente a presença de formigas sobre eles.

Fonte: BORGES, L. M. & PIRANI, J. R. Flora da Serra do Cipó, Minas Gerais: Leguminosae – Mimosoideae. Bol. Bot. Univ. São Paulo, v. 31, n. 1, p. 41-97, 2013.

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