Trepadeiras volúveis ou rastejantes, pilosidade subserícea, serícea ou velutina; estípulas lanceoladas a oval-triangulares, persistentes.
Folhas com estipelas persistentes, reduzidas; folíolos 3,4-9×2,2-5,8cm, ovais a subrômbicos, os laterais assimétricos, ápice agudo, subseríceos em ambas as faces, levemente discolores.
Inflorescência em racemos axilares, 5-54cm, geralmente maiores que as folhas, laxos, flores 2-5-verticiladas; brácteas e bractéolas lineares. Flores 5-7mm, brancas, amarelas ou lilás, reflexas; cálice 5-6mm, lacínias 4, a vexilar bipartida no ápice, estreito-triangulares; estandarte 5,5-6,5mm, orbicular ou largo-obovado, auriculado, glabro; asas ca. 5mm, cuculadas, longo-auriculadas; pétalas da quilha ca. 4,5mm.
Frutos 2,6-3,3×0,3cm, comprimidos, (sub)seríceos, retos, reflexos; sementes não vistas. A espécie Neonotonia wightii (Wight & Arn.) Verdc. é encontrada na Indonésia, Ásia tropical, Etiópia e África oriental, central e sul, e ocorre cultivada no Brasil. No estado de São Paulo tornou-se adventícia. B4, C7, D5, D6: margens de rodovias e bordas de matas brejosas. Coletada com flores e frutos em abril e novembro. Utilizada como forrageira.
Gênero muito próximo de Pueraria. Neonotonia wightii diferencia-se das espécies daquele, por apresentar flores menores, com 5-7mm de comprimento, e pedicelos com até 1,5mm de comprimento, enquanto que as duas espécies de Pueraria encontradas no estado de São Paulo apresentam flores maiores que 12mm e pedicelos com 3-6mm.
Fonte: TOZZI, A. M. G. de. A. Subfamília Papilionoideae. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Instituto de Botânica, São Paulo, v. 8, p. 167-397, 2016.