Subarbustos 1-1,5m; ramos aculeados, pilosos; tricomas simples; acúleos recurvados dispostos em fileiras longitudinais, estendendo-se também sobre o eixo foliar e pedúnculo; estípulas 3-4×0,3-0,7mm, lanceoladas a
filiformes, pilosas.
Folhas III-IV/7-8; espículas interpinais filiformes; folíolos crescentes em direção ao ápice; parafilídios lanceolados a ovais; foliólulos 5-6×2mm, oblongos, membranáceos, pilosos.
Espiga 4-5mm diâm., globosa, solitária a 2-fasciculada, axilar. Flores 4-meras, diplostêmones; cálice 0,3-0,5mm, campanulado, glabro; corola 2-2,5mm, campanulada, pilosa no ápice, lacínias eretas; estames brevemente unidos na base, filetes róseos, anteras ovoides; estaminódios ausentes; ovário subséssil, glabro.
Craspédio 4-4,5×0,5cm, séssil, oblongo, cartáceo, viloso, marrom, artículos dilatados na região da semente, replo ligeiramente reto, aculeado, glabro, acúleos recurvados; sementes 11-12, orbiculares, marrons.
É endêmica do Brasil, onde ocorre nos estados de Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraná e São Paulo, em áreas degradadas de floresta ombrófila densa de terras baixas e em cerrado, acima de 300m de altitude. D3:
cerrado. Floresce em fevereiro.
Mimosa supravisa faz parte de um grupo de espécies de difícil distinção que inclui também M. diplotricha e M. selloi, ambas com ocorrência em São Paulo. Ela pode ser diferenciada destas por possuir craspédios maiores (variando de 1,5-2cm em M. diplotricha, enquanto M. selloi têm frutos com 2,5-4,5cm de comprimento) com um maior número de sementes (3-8 em M. diplotricha e 9-10 em M. selloi).
Fonte: TAMASHIRO, J. Y. & ESCOBAR, N. A. G. Subfamília Mimosoideae. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Instituto de Botânica, São Paulo, v. 8, p. 84-166, 2016.