Subarbustos 80cm, decumbentes; ramos angulosos, puberulentos, costados; tricomas simples; acúleos recurvados, estendendo-se também no pecíolo; estípulas 3,5-4×1mm, lanceoladas.
Folhas I/2; espículas interpinais triangulares; parafilídios lanceolados, puberulentos; foliólulos 3-7×1-2cm, lanceolados a ovais, membranáceos, face adaxial puberulenta, face abaxial estrigosa.
Espiga 5-6mm diâm., globosa, solitária a 3-fasciculada, axilar. Flores 4-meras, isostêmones; cálice 1-2mm, papiforme; corola 2-3mm, campanulada, glabra, lacínias eretas, puberulenta; estames livres, filetes róseos, anteras
oblongoide; estaminódios ausentes; ovário séssil, glabro.
Craspédio 1,5-3×0,5-0,7cm, séssil, oblongo, cartáceo, estrigoso, castanho, artículos plano-compressos, replo reto a ligeiramente constrito entre os artículos, híspidos; sementes 2-5, ovais, marrons.
Espécie de ampla distribuição na América tropical, ocorrendo no Brasil, Guianas e Venezuela. No Brasil é referida da região Nordeste ao Pará e Mato Grosso do Sul. D7, D9, E8: vegetação de cerrado e em áreas antropizadas. Floresce de fevereiro a julho; frutifiva em setembro e outubro.
Mimosa sensitiva pode ser diferenciada das demais espécies de São Paulo pelas folhas que apresentam apenas um par de folíolos e apenas dois pares de foliólulos por folíolo, sendo um dos foliólulos do par basal atrofiado, associada aos ramos e pecíolos com acúleos recurvados e o cálice papiforme. É frequentemente confundida com M. velloziana, mas podem ser diferenciadas por aspectos citados nos comentários desta última espécie. Barneby (1991) reconheceu dentro dessa espécie duas variedades, Mimosa sensitiva var. malitiosa (Mart.) Barneby e var. sensitiva, das quais apenas a primeira ocorre em São Paulo.
Fonte: TAMASHIRO, J. Y. & ESCOBAR, N. A. G. Subfamília Mimosoideae. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Instituto de Botânica, São Paulo, v. 8, p. 84-166, 2016.