Fabaceae – Mimosa sensibilis

Subarbustos 1-2m, escandentes; ramos aculeados, glabros; acúleos recurvados, internodais, estendendo-se também no pecíolo; estípulas 5-13×0,4-0,8mm, lanceoladas a ovais, glabros.

Folhas I/1-2, um dos foliólulos do par basal ausentes ou atrofiados; espículas interpinais ausentes; parafilídios lanceolados; foliólulos 25-65×10-35mm, elípticos a lanceolado-elípticos, membranáceos, glabros.

Espiga 5-6mm diâm., globosa, solitária a 2-fasciculada, axilar. Flores 4-meras, isostêmones, glabras; cálice 0,3-
0,4mm, campanulado, lobos truncados; corola 2-2,5mm, campanulada, lacínias côncavas; estames livres, filetes lilás, anteras oblongoides; estaminódios ausentes; ovário séssil, glabro.

Craspédio 4-4,5×1-1,5cm, subséssil, oblongo, cartáceo, glabro, castanho, artículos dilatados na região da semente, replo reto a ligeiramente constrito entre os artículos, aculeados, acúleos diminutos; sementes 4-5, ovais, marrons.

Mimosa sensibilis ocorre na Argentina, Bolívia, Brasil e Paraguai. No Brasil é relativamente comum em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, onde cresce em áreas de chaco e de transição chaco-pantanal. No estado São Paulo é pouco frenquente. D1, F4: campo sujo e beira de estradas, geralmente próximo a curso d’água. Floresce em junho e outubro e frutifica em outubro.

Dentre as espécies com apenas um par de folíolos, M. sensibilis pode ser reconhecida pelos ramos glabros, foliólulo mais interno do par basal geralmente ausente e frutos glabros. Barneby (1991), com base na presença de acúleos e no tamanho das brácteas, reconheceu três variedades dentro da espécie, das quais apenas M. sensibilis var. urucumensis Barneby ocorre no estado de São Paulo. Essa variedade foi incluída recentemente na sinonímia de M. sensibilis var. sensibilis (Morales & Fortunato 2010).

Fonte: TAMASHIRO, J. Y. & ESCOBAR, N. A. G. Subfamília Mimosoideae. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Instituto de Botânica, São Paulo, v. 8, p. 84-166, 2016.

Deixe um comentário