Subarbustos 1m; ramos não angulosos, aculeados, glabros; acúleos recurvados dispostos em fileiras longitudinais, estendendo-se também sobre o eixo foliar e pedúnculo; estípulas 2-3×0,4mm, triangulares, glabras.
Folhas II-IV/17-20; espículas interpinais presentes (Barneby 1991); folíolos ligeiramente crescentes em direção ao ápice; parafilídios ovais; foliólulos 6-7×1mm, oblongos, cartáceos, glabros.
Espiga 4-5mm diâm., globosa, solitária a 2-fasciculada, axilar. Flores 4-meras, diplostêmones, glabras; cálice ca. 0,5mm, campanulado; corola 2-2,5mm, campanulada, lacínias eretas; estames livres, filetes provavelmente róseos, anteras oblongoides; estaminódios ausentes; ovário séssil, glabro.
Craspédio 2,5-4,5×0,7cm, oblongo, cartáceo, glabro, castanho, curto-estipitado, artículos dilatados na região da semente, replo reto, aculeado, acúleos recurvados; sementes 9-10, ovoides, marrons.
Essa espécie possui distribuição restrita a áreas de campos e borda de mata atlântica do estado do Paraná, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo. Até o momento, foram analisadas poucas coletas oriundas de São Paulo, todas antigas. E7: borda e clareiras de mata atlântica.
Mimosa selloi apresenta ramos aculeados, cujos acúleos são dispostos em fileiras longitudinais estendendose também sobre o eixo foliar e pedúnculo, caráter que a aproxima de M. diplotricha. Essas duas espécies são difícieis de diferenciar. As principais diferenças encontradas estão nas folhas e frutos. As folhas de M. diplotricha apresenta um maior número de folíolos (4-7 pares vs. 2-4), os foliólulos são mais largos (até 2mm vs. 1mm) e as valvas dos frutos são vilosas (vs. glabra). No entanto, não descartamos a possibilidade de M. selloi ser uma variação de M. diplotricha.
Fonte: TAMASHIRO, J. Y. & ESCOBAR, N. A. G. Subfamília Mimosoideae. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Instituto de Botânica, São Paulo, v. 8, p. 84-166, 2016.